Família real norueguesa cria cavalo e produz café orgânico em serra capixaba
Viúvo de princesa, empresário chegou à vila de Pedra Azul (ES) no final dos anos 1980
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Integrantes da família real norueguesa fazem parte da comunidade da vila de Pedra Azul, que faz parte do município de Domingos Martins (ES), a 90 quilômetros de Vitória.
Viúvo da princesa Ragnhild Alexandra, da Noruega, que morreu em 2012, no Rio de Janeiro, o empresário Erling Sven Lorentzen, 95, norueguês radicado no Brasil, é dono de propriedades e negócios na região. Ragnhild era a irmã mais velha do atual rei da Noruega, Haroldo 5º.
A família chegou a Pedra Azul no final dos anos 1980. O clima frio de montanha, as belezas naturais e a cultura local foram fatores decisivos para a escolha da região.
As principais atividades da família Lorentzen são a criação de cavalos da raça Fjord, o ecoparque Fjordland, que oferece cavalgadas na encosta da Pedra Azul, a produção do café orgânico artesanal Heimen e o reflorestamento de eucaliptos.
“Os pilares dos negócios são baseados pelos princípios da sustentabilidade, nas áreas econômica, ecológica e social”, afirma Edimar Binotti, 56, agrônomo responsável pelos projetos agroecológicos de Erling Lorentzen.
Um exemplo é o café Heimen, elaborado de forma orgânica e com produção limitada. Em média, são comercializadas quatro sacas de 60 quilos por ano. Os pés de café ficam na encosta da Pedra Azul em meio a árvores nativas. O único adubo utilizado são os resíduos dos cavalos (fezes, urina, pó de serra e restos de capim).
O café orgânico só está disponível para degustação na cafeteria do parque. Uma xícara custa R$ 10.
Ao visitar o parque Fjordland, os turistas podem fazer passeios na encosta da Pedra Azul com cavalos da raça Fjord, trazidos há duas décadas da Noruega e do Chile. Segundo Binotti, na América Latina, só na serra capixaba e no território chileno há animais dessa espécie, conhecida por ser dócil, forte e inteligente.
Outro empresário popular na região é Geraldo Agrizzi, 68, artesão que mantém uma tradição familiar de 45 anos: a fabricação de berrantes.
Há 20 anos, Agrizzi transforma chifre de bois nesse instrumento de sopro comumente usado para conduzir o gado. Segundo ele, artistas como Sérgio Reis, Guilherme e Santiago e Edson e Hudson usam berrantes de sua fabricação.
O artesão conta que aprendeu a fazer berrantes observando o pai e, hoje, ensina o ofício ao neto.
“É uma profissão difícil, que demanda muitas técnicas, além de olhos treinados e mãos habilidosas. Um chifre é diferente do outro. Por isso, é preciso saber escolher e moldar as peças para se encaixarem uma na outra, até formar o berrante”, explica Agrizzi.
São necessários de três a quatro chifres para fazer uma única peça. O berrante é vendido a preços que variam de de R$ 700 a R$ 1.800. O valor é definido pela qualidade do som do instrumento depois de pronto. “Aqueles que possuem sonoridade no tom mais grave são os mais caros”, afirma o artesão.
Pacotes para a serra capixada
R$ 526
4 noites em Vitória, na New Age
Pacote individual, com estadia em quarto duplo e café da manhã. Inclui city tour, traslados e seguro-viagem. Sem passagem aérea
R$ 754
4 noites em Domingos Martins, na Litoral Verde
Preço individual, com hospedagem em quarto duplo e café da manhã. Sem aéreo
R$ 841
3 noites em Domingos Martins, na FlyTour
Estadia em quarto duplo com café da manhã. Inclui traslados até o aeroporto e seguro-viagem. Sem passagem aérea. Valor por pessoa
R$ 869
4 noites em Domingos Martins, na BWT Operadora
Por pessoa, acomodação dupla com café da manhã. Inclui traslados. Sem aéreo
R$ 998
4 noites em Vitória, na CVC
Inclui hospedagem, café da manhã, guia e rodoviário a partir de São Paulo. Com passeios em Vitória, Vila Velha, Guarapari e Domingos Martins. Valor por pessoa
R$ 1.450
4 noites em Domingos Martins, na Maringá Turismo
Estadia em quarto duplo com café. Inclui locação de veículo (SUV) e aéreo a partir de São Paulo. Preço por pessoa
A jornalista viajou a convite da Pousada Rabo do Lagarto
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