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Copacabana, na Bolívia, guarda ilha sagrada dos incas

Às margens do lago Titicaca, cidade também atrai católicos aos domingos para bênção de automóveis em igreja

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Luiz Felipe Silva
copacabana (bolívia)

Apenas 150 quilômetros separam a capital boliviana, La Paz, do lago navegável mais alto do planeta, o Titicaca, localizado 3.800 metros acima do nível do mar. Ou seja, é possível combinar uma visita aos dois locais numa mesma viagem.

Os mais de 8.000 quilômetros quadrados do Titicaca se dividem entre a Bolívia o Peru. Do lado boliviano, a cidade mais procurada é Copacabana; na parte peruana, é Puno.

Ônibus partem regularmente de La Paz para Copacabana. O trajeto dura entre três e quatro horas e custa de 30 a 130 bolivianos (R$ 17 a R$ 74).

O desembarque ocorre em frente à avenida 6 de Agosto, a principal da cidade. Na via, o visitante encontra restaurantes, lojas e pousadas.

À direita, enfileiram-se quiosques que servem pratos com trutas fresquíssimas, pescadas diretamente do Titicaca (o preço varia entre 20 bolivianos e 30 bolivianos ou R$ 11 e R$ 17). À esquerda, uma trilha curta, mas íngreme, leva até o topo de um mirante com vista panorâmica para todo o lago.

Domingo é o dia mais movimentado em Copacabana.  Em frente à igreja de Nossa Senhora de Copacabana, os bolivianos adornam seus carros (novos e antigos, inclusive alguns clássicos rabo de peixe) com arranjos e pétalas de flores. O intuito é conseguir a bênção do padre, em uma cerimônia chamada de “bendición de movilidades”.

Finalizada em 1805, a basílica guarda a imagem de Nossa Senhora de Candelária, padroeira da Bolívia.
Como a imagem da santa fica de frente para o Titicaca, os locais começaram a chamá-la de Virgem de Copacabana —a expressão copacabana, do quéchua “kupa kawana”, significa “olhando o lago”.

Essa é, inclusive, a origem do nome da famosa praia carioca. No século 17, comerciantes levaram uma réplica da santa ao Rio de Janeiro e a região passou a ser conhecida como bairro de Copacabana.

Ainda no lago Titicaca, a Isla del Sol, ilhota de 15 quilômetros quadrados a 15 minutos de barco da cidade, também é tida como sagrada.

Segundo uma das diversas lendas da cultura inca, o lago seria o berço dessa civilização.
Ainda de acordo com a crença, o deus Inti decidiu civilizar os povos que viviam em lugares desconhecidos das pessoas que habitavam o lago.

Assim, ele criou o casal Manco Capac e Mama Ocllo, que foi incumbido da missão de construir um império grandioso, cuja capital seria a região onde atualmente fica a cidade de Cusco, no Peru. Na lenda inca, o casal surge justamente na Isla del Sol.

Quase todas as agências de viagem oferecem o passeio à ilhota. O roteiro de um dia custa 450 bolivianos (R$ 258), e o de três dias, 1.200 bolivianos (R$ 690). Quem vai por conta própria consegue fechar o trajeto com barqueiros por até 30 bolivianos (R$ 17) —na Isla del Sol, é pedida uma contribuição de 10 bolivianos (R$ 5).

É possível aproveitar a ilha em um dia, mas o ideal é pernoitar por lá. Há pousadas, hostels e até a opção de se hospedar na casa dos moradores.

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