Jornalistas explicam bastidores e impactos dos bloqueios nas estradas; veja
Em mesa ao vivo, jornalistas também repercutiram resultado das eleições nos estados
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou um silêncio de 45 horas após o resultado do segundo turno e fez nesta terça-feira (1º) um pronunciamento no qual condenou bloqueios nas estradas por aliados e falou em indignação e injustiça com a eleição na qual foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Desde a noite de domingo (30) diversas manifestações contrárias ao resultado das urnas ocorreram pelo país. Foram registrados pelo menos 300 bloqueios em estradas de 25 estados e o no DF.
Segundo Eduardo Scolese, editor de Política, os grupos de bolsonaristas monitorados pela reportagem da Folha indicam que Bolsonaro autoriza as barricadas. "Na cabeça dos manifestantes existe o aval do presidente pelo histórico de incentivar conflitos com os outros Poderes e atacar o sistema eleitoral desde o início do mandado. É como se fosse uma autorização vitalícia para contestar as eleições", diz.
Em conversa com Juliana Coissi, editora da Agência Folha, Caue Fonseca, repórter em Porto Alegre, e João Pedro Pitombo, repórter da Folha em Salvador também repercutiram as eleições pelo país.
Na eleição mais acirrada desde a redemocratização do país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 50,9% dos votos válidos, e Jair Bolsonaro Bolsonaro (PL), 49,1%.
No total, 14 governadores eleitos são próximos de Bolsonaro, e 11 são próximos de Lula —2 governadores ficaram neutros.
Para Pitombo, governadores de estados menores devem buscar uma aproximação rápida com Lula. "Nenhum dos governadores eleitos vai querer partir para o confronto. É difícil um governo fazer grandes investimentos sem apoio do governo federal", observa.
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