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Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Documentário mostra tragédia e falta de planejamento após enchentes no RS

Especialistas e repórteres contam como a situação se agravou tão rapidamente no estado

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São Paulo

Imagens de ruas alagadas, casas em pedaços e famílias em abrigos dominaram o noticiário brasileiro desde que uma forte massa de ar frio estacionou sobre o estado do Rio Grande do Sul no final de abril, precipitando em poucos dias um volume de chuva previsto para metade do ano de 2024.

Com sistemas de contenção de enchentes defasados e pouco planejamento ambiental, diversos municípios foram rapidamente tomados pela água de rios e lagos que atravessam as cidades mais próximas do litoral, dando início a uma corrida contra o tempo para salvar pessoas, documentos, todo tipo de pertence caseiro e, em muitos casos, a própria estrutura da casa.

"É uma coisa muito impressionante, para mim e para qualquer jornalista do Rio Grande do Sul. A gente não esperava ter que enfrentar um desastre desse tamanho, que demandasse tanta atenção e fizesse com que a gente tivesse uma pauta só por tanto tempo", diz Carlos Villela, repórter da Folha em Porto Alegre.

Moradores da capital e especialistas comparam a atual situação com a enchente de 1941, tida até então como a pior catástrofe natural já sofrida pelo estado. Na época, após mais de 20 dias de chuva, o rio Guaíba registrou uma elevação de 4,76 metros no nível da água. A trágica marca foi superada este ano: após as chuvas, que ainda não foram dadas como encerradas, o rio atingiu 5,35 metros e deixou aproximadamente 70 mil desabrigados, o que equivale a cerca de um quarto da população que a cidade tinha em 1941.

"A cidade colapsou e não foi por causa do clima, Porto Alegre poderia estar preservada. Foi por causa da força que os gestores fizeram, em um negacionismo que já é conhecido no Brasil, que não acredita na ciência, na responsabilidade, nas estruturas públicas e no trabalho", diz Carlos Todeschini, do ex-diretor do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).

A tragédia ambiental do Rio Grande do Sul é tema do documentário 'Um Estado Submerso', produzido pela TV Folha.

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