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1969: Presos políticos embarcam para o México em negociação pela liberdade de embaixador

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Antes do embarque para o México, 13 dos 15 presos políticos que foram soltos pelo regime militar são fotografados na base militar do Galeão, no Rio, em 1969 - Divulgação
São Paulo

Parte das exigências para a libertação do embaixador americano Charles Burke Elbrick, sequestrado na última quinta-feira (4), 15 presos políticos deixaram o Brasil às 17h03 desta sexta-feira (6), pela base militar do Galeão. 

Não foi permitido que a imprensa se aproximasse da aeronave, o Hércules C-130/2456, da Força Aérea Brasileira. O México, destino do voo, confirmou que concedeu asilo aos 15 presos políticos brasileiros.

Eles chegaram ao Galeão em viaturas, peruas, dois jipes militares, três veículos da Rádio-Patrulha, além de um Aero Willys, um Volks e dois helicópteros. 

Antes do voo, uma foto foi feita. Nela estão, em pé, Luís Travassos, José Dirceu, José Ibraim, Onofre Pinto, Ricardo Vilasboas Sá Rego, Maria Augusta Carneiro, Ricardo Zarattini, Rolando Fratti, além de, agachados, João Leonardo da Silva Rocha, Agonalto Pacheco da Silva, Vladimir Palmeira, Ivens Marchetti e Flávio Tavares. Apenas Gregorio Bezerra e Mario Roberto Zanconato não apareceram na imagem.

Eles chegaram ao México no dia 7 de setembro de 1969. 

Hoje, só cinco estão vivos. Onofre Pinto (1974) e João Leonardo (1975), desaparecido político, foram mortos pelo regime militar. Luís Travassos (1982) e Maria Augusta (2009) morreram após acidentes de carro. E o câncer vitimou Gregório Bezerra (1983), Rolando Fratti (1991), Ivens Marchetti (2002) e Ricardo Zarattini (2017). Já Ibrahim foi achado morto em casa, em 2013.

Primeira página da Folha de S.Paulo de 7 de setembro de 1969
Primeira página da Folha de S.Paulo de 7 de setembro de 1969 - Folhapress
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