Quem apostava em entregar rosas para tentar aumentar a excitação sexual da amada, em uma noite romântica, deve ter tomado susto ao ler o jornal Notícias Populares de 12 de março de 1998.
Uma das reportagens, com título “Cheiro de pepino deixa as mulheres loucas de tesão”, informava a conclusão de uma pesquisa norte-americana sobre aromas que provocavam excitação.
De acordo com o estudo, o aroma do pepino combinado com o de uma bala de alcaçuz tinha o poder de aumentar o desejo sexual feminino. Outro cheiro “afrodisíaco” apontado foi o de talco de bebê.
O trabalho dos pesquisadores havia sido apresentado no Encontro Nacional da Sociedade Americana de Estudos Psicossomáticos.
“A pesquisa gringa foi feita do seguinte jeito: as mulheres cheiravam as coisas e depois os cientistas mediam a quantidade de sangue que ia para a vagina. Quanto mais excitada fica a mulher, maior é o fluxo sanguíneo nos genitais”, afirmou o trecho da reportagem.
Os aromas trariam antigas lembranças que relaxam e tornariam as pessoas mais receptivas ao sexo.
Diferentemente do aroma pepino, os aromas de carne do churrasco e os de cereja provocaram perda do entusiasmo para o sexo. Outro cheiro apontado como desestimulante, para a preocupação dos fabricantes de perfumes, foi o de colônia masculina.
Três dias depois da publicação do estudo pelo NP, a Folha publicou uma entrevista com o responsável pela pesquisa, o psiquiatra e neurologista Alan Hirsch, da Smell and Taste Treatment and Research Foundation (fundação para tratamento e pesquisa sobre cheiros e sabores), de Chicago, em Illinois (EUA).
“Se o objetivo do homem é estimular o desejo sexual da mulher, é melhor que use um aroma licoroso ou de pepino, do que colônia. Mas é claro que não é só isso que vai determinar seu sucesso com a mulher. Há muito mais do que excitação em uma relação amorosa”, afirmou Hirsch.
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