Há 25 anos, no dia 14 de maio de 1998, o mundo perdeu Frank Sinatra, então com 82 anos. Um dos maiores cantores de todos os tempos, 'A Voz', como era conhecido, também teve uma carreira sólida no cinema.
Sua filmografia inclui cerca de 40 longas: musicais, com direito a sapateado e danças, e comédias românticas, mas também dramas e obras com tramas políticas, como 'Sob o Domínio do Mal' (1962).
Foi indicado duas vezes ao Oscar, e ganhou em 1954, como ator coadjuvante em 'A Um Passo da Eternidade'. Ainda recebeu um Oscar honorário, em 1946, pelo curta 'The House I Live In', sobre tolerância religiosa, e o prêmio humanitário Jean Hersholt, também concedido pela Academia de Cinema dos EUA.
Abaixo, confira cinco dos longas do cantor e ator, uma pequena amostra de sua versatilidade no cinema. A disponibilidade e os preços dos serviços de streaming foram pesquisados neste domingo (28).
UM DIA EM NOVA YORK (1949)
Frank Sinatra estrelou três filmes ao lado de Gene Kelly, sendo a comédia musical ‘Um Dia’ o terceiro da parceria. Nele, Kelly, Sinatra e o comediante Jules Munshin interpretam três marinheiros que têm um dia para aproveitar Nova York, após o navio em que estão atracar na cidade. É a deixa para acompanharmos os marujos em confusões por cartões-postais da cidade, com direito a filmagens nas locações, o que era incomum em musicais na época. E, claro, cada marinheiro, a seu jeito, encontra uma garota para compartilhar as 24 horas de folga. Um clássico do gênero, dirigido por Kelly e Stanley Donen.
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A UM PASSO DA ETERNIDADE (1953)
Este é o filme que deu a Sinatra o Oscar de melhor ator coadjuvante, uma das oito estatuetas douradas que o clássico dirigido por Fred Zinnemann conquistou em 1954. O longa entrelaça a vida de três militares em um campo norte-americano no Havaí, dias antes do ataque a Pearl Harbour. O elenco estrelado tem ainda Burt Lancaster, Deborah Kerr e Montgomery Clift.
Na trama, Sinatra interpreta o esquentado recruta Angelo Maggio, preso por insubordinação e vítima da crueldade de um sargento interpretado por Ernest Borgnine. Inicialmente, o ator Eli Wallach era cotado para interpretar Maggio, mas suas exigências salariais o tiraram o do filme. Sinatra fez campanha pelo papel, e os produtores concluíram que a compleição física do cantor e ator daria uma fragilidade ao personagem.
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O HOMEM DO BRAÇO DE OURO (1955)
Neste drama dirigido por Otto Preminger, Sinatra vai ao fundo do poço ao interpretar o dependente de heroína Frankie Machine. No início da trama, o personagem acabou de deixar a prisão, onde cumpriu pena por jogo ilegal. Neste período, se desintoxicou. Mas a volta para casa põe a recuperação em risco, com a chantagem da mulher de Frankie, que finge estar doente, e o antigo chefe do carteado e o traficante rondando o dia a dia do personagem. Um dos únicos apoios que Frankie tem é o de Molly, interpretada por Kim Novak. Por sua interpretação, Sinatra foi indicado ao Oscar de melhor ator em 1956.
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ONZE HOMENS E UM SEGREDO (1960)
Sinatra reuniu o ‘Rat Pack’, seu grupo de amigos que incluía Sammy Davis Jr. e Dean Martin, neste longa sobre um grupo de ladrões que planeja assaltar cinco cassinos em Las Vegas na noite de Réveillon. Sinatra é o chefe da gangue, Frank Ocean. A trama foi refilmada no início dos anos 2000, com George Clooney no papel de Ocean e Julia Roberts como a mulher do líder do grupo, interpretada no filme original por Angie Dickinson. Duas sequências do longa original não teriam espaço no cinema de hoje: a em que os ladrões usam ‘blackface’ e outra em que fazem uma piada sobre escravizar mulheres.
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CAN-CAN (1960)
Neste musical, Sinatra disputa o coração de Shirley MacLaine com o ator francês Louis Jourdan. A trama se passa em Montmartre, em Paris, durante a belle époque. Shirley interpreta Simone Pistache, dona de um cabaré em que uma das atrações são as apresentações de cancã. O problema é que a dança está proibida na cidade, sob o argumento de ser indecente. Sinatra interpreta François, advogado e amante da dona do cabaré, e Jourdan é o juiz que cumpre a lei, mas cai de amores por Simone. O longa é uma adaptação do espetáculo de mesmo nome que fez sucesso na Broadway, com músicas de Cole Porter, entre elas 'C 'Cest Magnifique’ e ‘It's All Right with Me’.
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