De Grão em Grão

Como cuidar do seu dinheiro, poupar e planejar o futuro

De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato
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Você não tem como evitar isso; então, se prepare

Em um planejamento financeiro, devemos nos preparar também para o imponderável

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Dois eventos em sua vida são certos e todos deveriam se preparar. De fato, um deles é certo e ou outro muito provável, mas ambos demandam preparação e esforço. Portanto, usualmente, queremos adiar a discussão sobre eles ao máximo. Muitas vezes essa demora acaba prejudicando quem desejamos bem e a nós mesmos.

Temos de estar preparados para tempestades. ( Foto: Reprodução/ @ttgarcia no Twitter ) - Reprodução/ @ttgarcia no Twitter

A postergação é quase natural para tudo o que é importante. Hoje estava assistindo a um curso de filosofia da Profa. Lúcia Helena Galvão em que ela explicava como resistimos a iniciar o que é importante. Sempre colocamos "urgências" na frente.

Aposentadoria e morte são dois problemas importantes que todos enfrentam. Costumo falar muito do primeiro. Falar do segundo é difícil. Se preparar para ela é ainda mais. Mas, é um evento certo. Portanto, adiar pode custar caro a quem mais desejamos bem.

Em qualquer planejamento financeiro, os dois eventos devem ser abordados. Os dois são importantes e não devemos adiar a discussão.

Muitas vezes pensamos que ao se preparar para a aposentadoria, ou seja, guardar uma reserva para viver de renda no futuro já seria suficiente para atender também ao segundo evento.

Este pensamento não é de todo errado, mas ele somente está correto se realmente tudo segue como planejado, ou seja, você vive muito e poupa bastante.

Fazendo uma analogia, é como sair à rua em um dia nublado. Você planeja e leva o guarda-chuva. Isto seria se preparar para a aposentadoria. Entretanto, e se ocorrer uma tempestade daquelas em que o guarda-chuva não resolve? Pode dar certo e chover pouco. Mas, isto não seria estar preparado.

Devemos estar preparados para tempestades.

Por exemplo, imagine um indivíduo de 35 anos com um filho recém-nascido que resolve iniciar seu planejamento financeiro. A aposentadoria é importante, mas garantir a educação e bem-estar da criança até a idade adulta é fundamental.

E se algo ocorre nos próximos 20 anos? Será que a poupança para a aposentadoria já será suficiente para cobrir sua ausência neste período?

Considere que os gastos médios esperados com a criança somem R$ 1 milhão e cada cônjuge seja responsável por metade da despesa.

O gráfico apresenta o patrimônio deixado como sucessão já líquido de IR e custos de sucessão para um indivíduo de 35 anos que escolhe pelo seguro Vida Inteira ou pelo investimento a IPCA+5% ao ano. Em ambos o indivíduo aplicou R$20,2 mil anuais pelos primeiros 10 anos apenas.
O gráfico apresenta o patrimônio deixado como sucessão já líquido de IR e custos de sucessão para um indivíduo de 35 anos que escolhe pelo seguro Vida Inteira ou pelo investimento a IPCA+5% ao ano. Em ambos o indivíduo aplicou R$20,2 mil anuais pelos primeiros 10 anos apenas. - Michael Viriato

Se esse indivíduo contrata um seguro do tipo Vida Inteira no valor de R$ 500 mil, ele pagaria por 10 anos o valor equivalente a R$ 20,2 mil anuais. Já no primeiro pagamento, ele tem a garantia de que se algo ocorrer, seu filho já receberá R$ 500 mil.

No entanto, se ele em vez disso resolve apenas poupar o mesmo valor, também por 10 anos, em aplicações que rendam uma taxa de juros equivalente a IPCA + 5% ao ano, ele vai demorar mais de 26 anos para poder deixar o mesmo valor de R$ 500 mil para o filho. Ou seja, neste caso, o filho não esteve assegurado quando mais precisava.

O gráfico acima mostra essa diferença entre a aplicação e o seguro.

Entretanto, o grande problema reside justamente nestes próximos 20 anos.

Óbvio que se nada ocorrer, é melhor ter apenas poupado. O mesmo ocorre com o seguro de seu carro. Se você não bate ou não é roubado, o melhor teria sido não pagar.

O que é mais importante, garantir o financiamento da educação e bem-estar dos entes queridos ou o carro? Indago isso, pois muitos acabam deixando para a sorte decidir o destino.

Talvez você se pergunte, mas e se nada ocorrer?

Calma lá. Todos vamos morrer. Portanto, o seguro Vida Inteira continua sendo seu elemento de sucessão patrimonial. Não vai sofrer custos de inventário nem de IR.

Ainda há vantagens de blindagem, pois como o seguro não é considerado um bem patrimonial, ele fica livre de problemas judiciais e te dá uma proteção patrimonial.

Para empresários esse tipo de seguro é recomendado para proteção patrimonial. Problemas trabalhistas ou de crédito na empresa podem travar todo seu patrimônio financeiro, mas o seguro do tipo Vida Inteira fica livre e pode ser usado como colchão de emergência nestas horas.

Dentro de um planejamento patrimonial, devemos planejar os fluxos de caixa não apenas se tudo der certo, mas contar com as adversidades e como podemos nos proteger e a nossos entes queridos.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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