O Tricampeão mundial esculachou as ondas com seu backside. Surfando à vontade e com o olhar de competidor de volta, Gabriel foi passando cada bateria sem deixar dúvidas e reforçando para todos "eu voltei".

Na final com Filipe Toledo parecia que Gabriel estava no controle total da bateria e surfou querendo muito a vitória. Aliás, foi a primeira vez que Medina venceu essa etapa e com isso tirou um peso enorme das costas e agora é preciso ver o que mais falta ele fazer.

Medina agora é o sétimo colocado no ranking. Restando 5 etapas: Piscina do Kelly, El Salvador, Rio, J-bay e Tahiti. Gabriel tem grandes chances de se classificar para as finais em Trestles, as próximas etapas são etapas que ele sempre surfou muito bem e se continuar focado vai ser difícil parar o campeão.

A última etapa em Margareth River reservou muitas emoções.

Alegria para aqueles que passaram pelo corte e se classificaram entre os 22 melhores para a próxima fase do mundial.

Tristeza para outros que foram cortados e precisarão trabalhar duro para voltar a elite no próximo ano.

O 11x campeão do mundo Kelly Slater que aos sues 50 anos não conseguiu se classificar e está fora do restante do ano foi sem dúvida o assunto mais falado. E depois de muitas especulações a WSL anunciou que uma das vagas de wildcards para 2023 será concedida ao Kelly e só dependerá dele, aceitar ou não.

O Sistema wildcards é de responsabilidade da WSL e é ela que decide para quem entregar as vagas. Claro que existem critérios a serem seguidos nessas escolhas. Mas nada mais justo e respeitoso do que oferecer ao melhor surfista de todos os tempos uma das vagas.

Kelly não só ganhou 11 títulos mundiais mas colaborou para tornar o surfe competição no que é hoje. Foi responsável por criar uma piscina de ondas artificiais que chocou o mundo e acredito que continuará trazendo novidades, seja competindo ou nos bastidores.

Muitos de nós não vimos Pelé mas estamos vendo Kelly Slater.

Claro que tá chegando a hora do adeus, mas que seja em outro momento.

Aloha