Na Pinta do Surfe

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Na Pinta do Surfe - Marcus Romero
Marcus Romero
Descrição de chapéu surfe

Filipe Toledo foi impecável surfando em casa

Brasileiro não teve dificuldade para conquistar seu segundo título mundial

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Trestles na Califórnia foi mais uma vez o palco da grande decisão do título mundial de surfe.

Filipe Toledo surfando em casa não teve dificuldade em conquistar seu segundo título mundial. Durante todo o ano o brasileiro mostrou que estaria entre os cinco finalistas na busca pelo título. Terminou em primeiro lugar no ranking geral e chegou em Trestles com a vantagem de aguardar quem seria seu adversário na grande final.

Filipe Toledo é carregado nos ombros pelos fãs. com o braço lentado ele comemora o título
O campeão da WSL, Filipe Toledo, após levar o título neste fim de semana - Thiago Diz/World Surf League

Jack Robinson (5) e João Chianca (4) fizeram a primeira disputa e o Brasileiro mostrou que tem surfe para estar entre os melhores e venceu a bateria.

Na sequência o adversário foi Ethan Ewing (3) que vinha de uma recuperação após uma lesão sofrida na etapa de Teahupoo. O australiano com um surfe polido e com grandes manobras de borda derrotou Chianca e avançou.

O Próximo adversário de Ethan Ewing foi o local Griffin Colapinto(2). Esperava-se um grande duelo entre os dois, a torcida americana estava uniformizada e Griffin apareceu no meio da torcida minutos antes da sua bateria, levando a praia a loucura. Mas Ethan estava encaixado nas ondas de Trestles e venceu a disputa. Então estava desenhado a grande final: Filipe Toledo x Ethan Ewing.

O grande campeão seria conhecido através da disputa na melhor de três baterias.

A primeira bateria da grande final foi dominada por Filipe que o tempo todo controlou o adversário e fez uma somatória de 14,27 contra 12,37 do australiano.

Na segunda bateria Ethan estava pressionado pois necessitava ganhar essa bateria para forçar uma terceira disputa. Mas, o australiano não teve folego para vencer Filipe que mostrou um profundo conhecimento do pico e venceu a segunda bateria também, sagrando-se bicampeão mundial.

Filipe estava tranquilo e relaxado, com certeza o título de 2022 tirou um peso enorme das suas costas. Surfou o ano todo com alegria, pode mostrar um enorme repertório de manobras e não deixou nenhum questionamento sobre o seu surfe e se merecia ou não o título. Foi dominante nas ações e cirúrgico quando precisou. Continua sendo o surfista a ser batido e pode esperar que no próximo ano ele estará novamente disputando o título.

No feminino a nova geração chegou e parece que teremos uma troca de guarda interessante.

A jovem americana Caroline Marks desbancou as campeãs mundiais Tyler Wright e Carissa Moore para ficar com seu primeiro título mundial.

Caroline Markes sorridente segura seu troféu de campeã mundial.
SAN CLEMENTE, CALIFORNIA - SEPTEMBER 09: Caroline Marks looks on after defeating Carissa Moore to finish first place in the 2023 Rip Curl WSL Finals at Lower Trestles on September 09, 2023 in San Clemente, California. Sean M. Haffey/Getty Images/AFP (Photo by Sean M. Haffey / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) - Getty Images via AFP

Parece que chegou a hora da nova geração tomar o espaço das veteranas, com um surfe mais agressivo e inovador essa geração vai ganhando espaço e puxando os limites da categoria.

O Surfe feminino está pronto para alcançar novos patamares. Vale ressaltar que a WSL tem uma grande participação nesse crescimento merecido do surfe feminino. A empresa igualou as premiações com a categoria masculina, recentemente também optou por seguir as mesmas etapas onde eram disputadas as etapas masculinas, como Pipeline e Teahupoo. Essas etapas acontecem em ondas de consequência e são muito perigosas. Com isso, as meninas tiveram que se preparar mais fisicamente e mentalmente para ocupar um espaço onde ainda não se sentiam à vontade e conseguiram sucesso.

Em 2023 a WSL fez um ano muito bom. Tivemos alguns pontos que precisam ser olhados com cuidado. Algumas etapas deixaram margem para dúvidas referente ao critério de avaliação, sabemos que o surfe é subjetivo, mas com toda a tecnologia disponível não se pode ter uma margem tão grande para dúvidas.

O formato do campeonato talvez precise de algumas mudanças, a final poderia ser em outro pico e mudanças de algumas etapas. A WSL sempre traz algo novo quando começa uma nova temporada, vamos aguardar. Enquanto isso, a tempestade brasileira não para.

Aloha

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