Durante o isolamento social devido à pandemia de covid-19, a comunidade do terreiro Ilê Omolu Oxum viveu sua religiosidade a portas fechadas, mas instantâneas desse período de introspecção podem ser vistas agora na exposição virtual "Respeite o meu terreiro", capturadas pelo fotógrafo Alex Ferro.
Fundado há mais de 50 anos, o Ilê Omolu Oxum, localizado em São João de Meriti (RJ), deixa entrever os bastidores desses encontros e cerimônias, bem como a vitalidade, o rigor e a resiliência de suas tradições, ao mostrar desde espaços rituais às sacerdotisas e sacerdotes mais velhos do terreiro.
Sob curadoria de Marco Antonio Teobaldo, a mostra está dividida em duas partes. Na primeira, o visitante se depara com o sorriso e a majestuosidade de mulheres como Mãe Meninazinha de Oxum, de 85 anos, a fundadora do terreiro e do Museu Memorial Iyá Davina, criado em 1997. Também com registros do retorno dos integrantes ao terreno onde se construiu a primeira sede da comunidade, na Marambaia, em Nova Iguaçu.
Na segunda parte, "Vivências de terreiro", o olhar se volta para a rotina do grupo em atividades cotidianas, do preparo de ervas para banhos de purificação à elaboração meticulosa de oferendas para os orixás, em um passeio pontuado por beleza, força e fé.
A exposição também pode ser acessada através da conta do Ilê Omolu Oxum no Instagram.
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