Quadro-negro

Uma lousa para se conhecer e discutir o que pensa e faz a gente preta brasileira

Quadro-negro - Dodô Azevedo
Dodô Azevedo

A representatividade como protagonista no mercado digital

CEO de agência de influencers pretos escreve sobre a importância de ações estratégicas nas redes

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Mulher negra sorri
Egnalda Côrtes é CEO da Côrtes e Companhia, primeira agência de marketing de influência focado em pessoas negras e representantes dos pilares da diversidade na América Latina. - Divulgação

Por Egnalda Côrtes*

A revolução midiática que estamos acompanhando, principalmente ao longo dos últimos 10 anos, não se trata apenas do surgimento de novas tecnologias. É sobretudo, através dos movimentos sociais e posicionamentos de grupos sociais minorizados e seus aliados, que com suas teias e redes, tem sido possível levar o mundo a uma nova dimensão. Um presente e futuro mais diverso e inclusivo, onde a representatividade se tornou protagonista. Queremos nos reconhecer em todas as esferas da sociedade, inclusive através das telas.

A tecnologia é um meio, um espaço que podemos usar de forma estratégica para ampliar a nossa voz. Não precisamos mais somente que alguém nos conceda espaço, podemos simplesmente ocupar um lugar pequeno e fazê-lo crescer a partir das histórias que as pessoas querem ouvir e temos o repertório, a narrativa certeira para atrair e engajar. E invertendo a lógica mercadológica, esses novos espaços são mais bem ocupados por aqueles que aliam comunicação a ação.

O close é a ponta de um iceberg que deve contemplar maior profundidade e que dialogam com os 360º da vida, que transbordam, transformam e influenciam as novas reflexões do existir nesse meio, na indústria digital e, por conseguinte, no como a audiência enxerga e se influencia pelo corre.

Os vetores de novos Indicadores de Performance (KPIs), assim como a construção de autoridade perpassam por caminhos como :
A pauta que é trazida é vivida pelo criador de conteúdo?
As ações do digital influenciam a ação monte-altense?
Quais são os órgãos de direitos Humanos, educacionais, ambientais, ou seja lá qual for a pauta, que legitimam essa autoridade?
Esse ou essa criadora apontam para novos caminhos mercadológicos? Traz inovação?
Seu conteúdo traz indagações e aprendizados que mudam o curso da história?

As grandes marcas estão mobilizadas para aprender. O que a maioria dos acionistas e, consequentemente os executivos das 500 maiores empresas do mundo, já compreenderam é que, mais do que nunca, se faz necessário um discurso extremamente alinhado com as práticas corporativas.

Uma marca conta que é inclusiva através da imagem e do discurso de executivos, influenciadores e artistas que representam os pilares da diversidade. Não é mais somente sobre uma foto, uma imagem estática sobre um período no tempo. É sobre o verbo em ação.

Parafraseando a estilista e ativista indigena Day Molina, "o ativismo aponta a necessidade, o capitalismo surfa na oportunidade". Sendo assim, se faz necessária a avaliação cuidadosa sobre os parceiros que você (uma marca), traz para trilhar a jornada contigo. Se unir a quem representa o seu discurso, para além de comunicar, AGE. Assim, temos então, a representação associada a um propósito que se converge.

Nesse desafio, temos a inovação como vetor para um futuro promissor em todos os sentidos, inclusive economicamente. Nunca e de forma alguma desvinculando toda a cadeia da sustentabilidade, para uma sociedade cada vez mais equânime e um planeta saudável. Com quem mesmo estamos nos aliando nesse sentido?


Egnalda Côrtes é CEO da Côrtes e Companhia, primeira agência de marketing de influência focado em pessoas negras e representantes dos pilares da diversidade na América Latina.

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