Conhecida por ser a terra do grande escritor brasileiro Monteiro Lobato e também onde Amacio Mazzaropi viveu parte de sua vida, Taubaté é uma das várias cidades paulistas que eram atendidas pela ferrovia Central do Brasil. Se hoje esta linha só transporta cargas, no passado era a principal comunicação entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro além de dezenas de outras que ficavam entre as duas capitais.
A atual estação não é a primeira da cidade. A pioneira, de arquitetura bem modesta e da qual praticamente não existem registros fotográficos, foi construída durante o império do Brasil no distante ano de 1876. A que existe hoje em dia veio a substituir a original que foi demolida, sendo inaugurada em 1923.
Tal qual praticamente todas as estações ferroviárias espalhadas pelo Brasil, a de Taubaté também foi atingida pelo lamentável abandono ocorrido desde o encerramento do transporte de passageiros, a qual partir deste momento passou apenas a servir para o transporte de carga, ao menos até o ano de 2005 quando a operadora logística MRS deixou o local. Desde então a estação de Taubaté entrou em rápido processo de deterioração que a acompanha até os dias atuais.
A situação começaria a mudar em agosto de 2021 após anos de abandono, quando surgiu a esperança de recuperação futura com o tombamento da estação e todo seu conjunto ferroviário pelo Condephaat, órgão ligado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Agora quase dois anos após a estação ser declarada patrimônio histórico paulista surge uma grande novidade: o local começou a ser restaurado e irá abrigar um centro de inovação dedicado à tecnologia, criatividade, turismo e cidades inteligentes.
A iniciativa conta com uma verba de R$ 6,2 milhões oriunda do Programa Nacional de Apoio à Cultura, dos quais R$ 4,3 são do BNDES e o restante de empresas como EDP e MRS. De acordo com o Instituto I.S de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana, responsável pelo projeto e iniciativa, as obras estão previstas para serem concluídas no início do próximo ano.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.