Ação. Porrada. Pancadaria.
O cinema é, ainda, a maior diversão.
Mas já não é o mesmo.
O astro belga Jean-Claude Van Damme desiste de atuar.
Retroceder, nunca.
Render-se, jamais.
Aposentar-se, quando chega a hora.
Uma questão percorre o mundo.
Quem substituirá o rei do combate nas telonas?
O líder russo Vladimir Putin gosta de exibir seus músculos.
O presidente Bolsonaro procura acertar o passo com o chefe vermelho.
O problema é que ele anda mal das pernas.
Para agravar a maré de azar, o time de Bolsonaro perde o campeonato mundial.
Em Brasília, o general Perácio andava preocupado.
--Nosso presidente... ele não pode desanimar.
O assessor Guarany concordava.
--É isso, general. Retroceder, nunca. Render-se, jamais.
O problema estratégico, como se vê, tinha vários aspectos.
Perácio anotava tudo com pincel mágico num quadro de largas dimensões.
--Primeiro. Van Damme. Segundo. Putin. Terceiro. O Palestra. Quatro, o Bolsonaro.
--Ele precisa de uma injeção de ânimo, né, general.
O cérebro treinado de Perácio sopesou as variáveis envolvidas.
--Vamos ressuscitar o cinema nacional.
--Com o Van Damme?
--Não. Para astro dos filmes, a gente chama o Pazuello.
--Excelente escolha.
--Depois, chama o Van Damme para cá.
--Combater o crime organizado?
--Ministério da Saúde, Guarany. Tremenda credibilidade.
--E o Putin?
--Invade a Inglaterra. E contesta o resultado.
--Das eleições?
--Do jogo do Palmeiras, imbecil.
--E o Bolsonaro?
--Com essas medidas, ele se anima.
--Mais o Paulo Guedes...
--A eleição está no papo.
--E se não estiver...
O olhar de Perácio se perdia nas lonjuras do Planalto Central.
--Isto aqui não é a Ucrânia.
--Como assim, general?
--Com uns dez tanques, a gente resolve a parada.
O Palmeiras não teve sorte.
--Mas eu confio na força que emana de nossa farda.
Muitos torcem pelo Verdão.
Mas há quem tenha mais fé na Verdona.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.