Cientistas expandem busca por sinais de vida alienígena inteligente

Pesquisadores ampliam faixa de frequência de rádio estudada para tentar localizar extraterrestres no centro da Via Láctea

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Will Dunham
Washington | Reuters

Cientistas expandiram a pesquisa por civilizações extraterrestres tecnologicamente avançadas, monitorando uma região densa de estrelas na direção do núcleo de nossa galáxia em busca de sinal que poderia ser produzido por potenciais alienígenas inteligentes até agora ignorados.

Esforços anteriores para detectar assinaturas tecnológicas alienígenas tinham como foco um tipo de sinal de rádio de banda estreita concentrado em uma faixa de frequência limitada ou em transmissões únicas incomuns. A nova iniciativa, disseram os cientistas nesta quarta-feira (31), estará centrada em um tipo de sinal diferente que talvez pudesse permitir a comunicação de civilizações avançadas por vastas distâncias do espaço interestelar.

Céu estrelado em acampamento perto de Alpine, na Califórnia
Céu estrelado em acampamento perto de Alpine, na Califórnia - Mike Blake 21.set.12/Reuters

Esses sinais pulsantes de banda larga que os cientistas monitoram apresentam padrões repetitivos — uma série de pulsos que se repetem a cada 11 a 100 segundos e se espalham por alguns quilohertz, semelhantes aos pulsos usados na transmissão de radares. A busca envolve uma faixa de frequência que cobre um pouco menos de um décimo da faixa de uma estação de rádio FM média.

"Os sinais pesquisados em nosso trabalho pertenceriam à categoria de sinais deliberados do tipo 'estamos aqui' de mundos alienígenas", disse Akshay Suresh, da Cornell University e principal autor de um artigo científico publicado no Astronomical Journal descrevendo o novo esforço.

"Aliens podem possivelmente usar tais 'faróis' para comunicações em toda a galáxia, para as quais o núcleo da Via Láctea está idealmente posicionado. Pode-se imaginar alienígenas usando tais transmissões na velocidade da luz para comunicar eventos importantes, como preparativos para migração interestelar antes de morte explosiva de uma estrela massiva", acrescentou Suresh.

O esforço, chamado Investigação Inovadora de Escuta para Sinais Espectrais Periódicos (BLIPSS, em inglês), é uma colaboração entre Cornell, a organização de pesquisa do Instituto Seti e Breakthrough Listen, uma iniciativa de US$ 100 milhões (R$ 509,5 milhões) para procurar vida extraterrestre avançada.

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