Museu Britânico empresta antigo vaso grego pela primeira vez em 250 anos

Empréstimo ocorre em meio a disputa entre a Grécia e o Reino Unido sobre a devolução permanente de esculturas

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Reuters

O Museu Britânico emprestou, pela primeira vez em 250 anos, um antigo vaso de água grego —a hidria de Meidias— ao Museu da Acrópole em Atenas para uma exposição com início nesta semana e duração até abril.

O empréstimo ocorre em meio a uma disputa entre a Grécia e o Reino Unido sobre a devolução permanente de esculturas do Partenon, atualmente no Museu Britânico, para Atenas, o que levou ao cancelamento de uma reunião entre os líderes dos países em Londres na semana passada.

Assinada pelo ceramista ateniense Meidias, a hidria de 2.500 anos é decorada com figuras vermelhas que refletem os encontros míticos dos humanos com os antigos deuses gregos, entre eles o meio mortal Hércules, a deusa do amor Afrodite e Zeus.

A hidria de Meidias, que o Museu Britânico emprestou pela primeira vez em 250 anos
A hidria de Meidias, que o Museu Britânico emprestou pela primeira vez em 250 anos - Louisa Gouliamaki/Reuters

O jarro de água foi feito entre 440 e 420 a.C.. Meidias é o nome do oleiro, mas o pintor do vaso é desconhecido.

O artefato foi escavado na Itália, provavelmente de uma tumba, embora não se saiba como chegou lá, e foi adquirido na década de 1760 pelo diplomata britânico sir William Hamilton, que o vendeu ao Museu Britânico em 1772. Desde então, o objeto está em exibição nas galerias do museu dedicadas à Grécia antiga e nunca foi emprestado.

O diretor do Museu da Acrópole, Nikolaos Stampolidis, disse que exatamente esse tipo de vaso estava representado no friso de mármore do Partenon e que era muito importante "não apenas ter a imagem da hidria... mas também a própria peça".

A hidria fará parte da exposição "NoHMATA" (Significados) do museu da Acrópole, de 4 de dezembro a 14 de abril, que apresenta uma mistura de obras de arte, incluindo a Quimera de Arezzo de bronze de 400 a.C. do Museu Arqueológico de Florença e uma pintura de Rubens representando Saturno devorando seu filho, vinda do Museu do Prado.

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