Descrição de chapéu astronomia Estados Unidos

Após pouso inédito na Lua, Intuitive Machines já prepara outra missão para este ano

Odysseus completa uma semana na superfície do satélite e 'dorme' com chegada de noite lunar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Joey Roulette
Washington | Reuters

A Intuitive Machines e seus clientes em transporte de carga para o espaço esperam que a empresa saia mais forte dos problemas registrados em sua primeira missão à Lua, com melhorias já pensadas para a próxima viagem.

Nesta quinta-feira (29), a sonda lunar Odysseus chegou ao fim de uma missão com duração de uma semana perto do polo sul lunar, depois de uma série de sucessos e fracassos que ilustraram os riscos que a empresa e a Nasa, maior apoiadora da missão, tiveram que superar.

Em registro feito pelo módulo Odysseus, a Terra aparece ao fundo da imagem - Intuitive Machines/AFP

A agência americana avalia que, ao apoiar uma série de missões privadas e com baixo orçamento para a Lua, incentivará projetos que levem astronautas ao satélite da Terra nesta década. O plano tem folga financeira para bancar fracassos e oferece às empresas grandes incentivos para terem sucesso com pouco investimento.

"É uma nova forma de ir à Lua, eventualmente a Marte, e é uma nova Lua para a qual estamos indo", afirmou o chefe da Nasa, Bill Nelson, em uma entrevista, classificando a missão da Intuitive Machines como um exemplo de sucesso. "Não vamos para uma região permanentemente iluminada e mais plana no equador, como a Apollo. Vamos a uma região perigosa e escura, com muitos buracos."

A sonda da empresa tombou depois de uma série de falhas. Houve a necessidade, por exemplo, de uma solução alternativa de última hora para um laser que dizia à máquina onde estava a superfície. A Nasa e os participantes comerciais da missão podiam se comunicar com os instrumentos, mas não colheram todos os dados esperados.

Embora alguns experimentos tenham sido decepcionantes, como uma câmera desenvolvida pela Universidade Aeronáutica Embry-Riddle que nunca funcionou como esperado no espaço, outros tiveram sucesso.

A Lonestar Data Holdings, uma startup com sede em Houston que desenvolve data centers espaciais, colocou um pequeno servidor a bordo do módulo de pouso para testar a transmissão de dados entre a Terra e a Lua.

"Conseguimos tudo o que precisávamos com a missão e estamos incrivelmente felizes", disse o presidente-executivo da Lonestar, Chris Stott. A empresa já reservou espaço no próximo voo da Intuitive Machines, ainda neste ano.

Essa missão, chamada IM-2, está esgotada e uma terceira está sendo planejada.

O presidente-executivo da Intuitive Machines, Steve Altemus, disse nesta quarta-feira (28) que, desde o pouso, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês manifestou interesse em voar em uma das missões da empresa.

Altemus disse que alguns erros indicam melhorias a serem feitas na IM-2. O erro mais flagrante da missão foi o fato de se esquecerem de desligar um interruptor de segurança que impediu o funcionamento do laser de pouso. Ele também afirmou que a equipe da IM-1 melhorou em antecipar possíveis problemas e soluções alternativas.

Parte do sucesso da missão foi o fato de que, comparado com os orçamentos espaciais do passado, o projeto foi uma pechincha. A Nasa investiu US$ 118 milhões na missão da Intuitive Machines, enquanto a companhia pagou quase US$ 100 milhões.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.