Descrição de chapéu África

Pegadas humanas de mais de 100 mil anos são descobertas no Marrocos

Marcas são de ao menos cinco pessoas, incluindo crianças, segundo pesquisadores

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Larache | AFP

Mais de 80 pegadas humanas de cerca de 100 mil anos foram localizadas na costa norte de Marrocos e, segundo pesquisadores, são as mais antigas já vistas no norte da África e no sul do Mediterrâneo.

As pegadas de Homo sapiens são de ao menos cinco indivíduos, incluindo crianças. As marcas estão em Larache, 90 km ao sul da cidade de Tânger.

Embora tenham sido reveladas nesta segunda (6) à AFP, elas foram descobertas em 2022 por uma equipe de pesquisadores marroquinos, franceses, espanhóis e alemães.

área costeira
Área em Larache, a 90 km ao sul da cidade de Tânger, onde foram encontradas pegadas de cinco pessoas - Sedrati et al (2024)/Reprodução

"Esse grupo de indivíduos atravessava a praia em direção ao mar, provavelmente em busca de comida e conchas marinhas, e provavelmente eram pescadores e coletores", disse à AFP Anass Sedrati, conservador do sítio arqueológico de Lixus-Larache.

Segundo os cientistas, cujo estudo foi publicado na revista Nature em janeiro, trata-se de um dos sítios de pegadas humanas melhor preservados do mundo e o mais antigo do norte da África e do sul do Mediterrâneo.

"Essa descoberta ocorreu durante uma missão de levantamento de terreno em julho de 2022, como parte de um projeto de pesquisa científica sobre a origem e a dinâmica das formações rochosas encontradas no litoral", indicaram os pesquisadores, liderados pela universidade francesa Bretagne Sud.

Em 2017, restos de Homo sapiens com 300 mil anos de idade, de acordo com os pesquisadores, foram descobertos em outro local ao norte de Marrocos, aumentando em 100 mil anos a estimativa da origem de nossa espécie.

Segundo Sedrati, também havia pegadas de animais na área.

"É preciso preservar esse notável sítio patrimonial, ameaçado pelo aumento do nível do mar e pelas tempestades", afirmou Muncef Sedrati, responsável pelo projeto de pesquisa.

Um dos pesquisadores disse que mais pegadas devem ser localizadas conforme os sedimentos erodirem, o que pode ajudar a obter mais detalhes a respeito do grupo de Homo sapiens que caminhava ou vivia na região.

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