A Virgin Galactic registrou um problema de hardware durante seu voo mais recente de turismo espacial tripulado, no dia 26 do mês passado. A empresa fundada por Richard Branson fez o anúncio nesta segunda-feira (5).
Um pino usado para alinhar o avião espacial VSS Unity e sua aeronave transportadora, VMS Eve, enquanto os dois veículos estão acoplados no solo acabou se soltando durante o voo. A peça, segundo a empresa, não suportou o peso do VSS Unity na subida à altitude.
A falha, no entanto, não pôs em risco a segurança nem dos veículos nem da tripulação a bordo, de acordo com a Virgin Galactic.
Não foi relevada a causa do problema. A empresa de Branson dsse apenas que o pino se desprendeu depois que o VSS Unity havia sido posicionado e, com isso, já não tinha mais serventia.
A identificação da falha ocorreu durante as revisões de rotina pós-voo e a FAA, agência federal de aviação dos Estados Unidos, foi notificada no dia 31 de janeiro. O órgão, que investiga o episódio, declarou em um comunicado que ninguém se feriu e tampouco houve danos a propriedades públicas.
O voo da Virgin Galactic em 26 de janeiro foi a primeira vez que a empresa enviou quatro turistas ao espaço sem um astronauta atuando como equipe de apoio.
As operações comerciais de voos espaciais da Virgin Galactic tiveram início no ano passado, depois de quase duas décadas de desenvolvimento. Desde então, a empresa contabilizou seis voos turísticos e de pesquisa que levaram clientes até a borda do espaço e de volta.
A empresa enfrentou alguns acidentes nos voos ao longo dos anos.
Em um voo com Branson ao espaço em 2021, a espaçonave desviou de sua rota planejada, o que mais tarde resultou em um investigação supervisionada pela FAA.
Antes, em 2014, uma espaçonave caiu quando suas asas se moveram prematuramente durante o voo, causando a morte de um piloto de teste e deixando outro ferido.
Com a última falha, a Virgin Galactic confirmará o cronograma de sua próxima missão —hoje com lançamento esperado para o período entre abril e junho— após a revisão da FAA.
A revisão ocorre em meio a uma maior escrutínio da FAA e da indústria aeroespacial na esteira das consequências dos problemas de fabricação dos jatos 737 Max 9 da Boeing.
No entanto, a FAA é proibida de impor padrões de segurança em espaçonaves comerciais que transportam humanos para o espaço —essa moratória legislativa está programada para expirar em 8 de março.
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