Claudia Costin

Diretora do Centro de Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.

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Claudia Costin

O professor e o orgulho profissional

Parabéns a Luiz Felipe Lins e a todos que participam do prêmio Educador Nota 10

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A cada ano, no mês de outubro, celebra-se duas vezes o Dia do Professor: uma é a data internacional, no dia 5, a outra, no dia 15, a efeméride brasileira, oficializada por iniciativa de uma parlamentar catarinense negra, a professora Antonieta de Barros.

A data já era informalmente comemorada, por marcar o aniversário da primeira grande lei educacional do Brasil, sancionada por Dom Pedro 1º em 1827, mas coube a Antonieta a oficialização em seu estado de nascimento.

Por conta disso, este é o mês em que a Fundação Victor Civita, com base na posição de um júri e de votação da população, escolhe o educador do ano, a partir de um projeto por ele desenvolvido em sala de aula.

Em 2020, em plena pandemia, foram destacados os dez finalistas e, entre eles, apontado o melhor do Brasil desta edição do prêmio. E o educador do ano foi o professor de matemática Luiz Felipe Lins, que desenvolveu com seus alunos de 7º ano da Escola Municipal Francis Hime, do Rio de Janeiro, um projeto de construção de casas que envolvia análise de planta baixa, cálculos de áreas e custos e a elaboração de maquetes.

Um homem branco, de braços cruzados e camiseta verde, sorrindo de frente para a câmera e de costas para uma lousa
O professor Luiz Felipe Lins, professor de matemática no Rio de Janeiro, vencedor do prêmio Educador do Ano da Fundação Victor Civita - Divulgação

Essas celebrações ganham relevância num contexto em que o professor é percebido por parcela da sociedade com certa piedade, dadas as condições desafiadoras de trabalho, mas sem respeito ou admiração profissional. Ora, aquilo de que os professores mais precisam não é pena, mas reconhecimento, inclusive salarial, e a construção de um ambiente mais propício a um trabalho educacional efetivo.

Nesse contexto, é interessante existirem fóruns para os mestres mostrarem suas práticas, que, ao serem divulgadas, asseguram-lhes a merecida apreciação profissional e a possibilidade de verem seus projetos replicados em outras escolas. A disseminação de técnicas testadas, que, de fato, geram aprendizagem nos alunos, acaba também contribuindo para a melhoria da ainda frágil educação brasileira.

É nesse sentido que ganha também destaque a criação de comunidades de mestres como o Conectando os Saberes, que congrega professores de todo o país, com vários núcleos estaduais, para trocar suas experiências em sala de aula e aprender uns com os outros.

Premiar e dar visibilidade a bons professores não resolve a nossa crise educacional, particularmente agravada com mais de oito meses de fechamento das escolas, mas é uma forma de instilar nos docentes o mais que merecido orgulho profissional. Afinal, ao escolher uma profissão, todos queremos ter as condições para poder celebrar nossas boas práticas.


Parabéns ao professor Luiz Felipe Lins e a todos os finalistas do prêmio Educador Nota 10!

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