Dan Ariely

Professor de economia comportamental e psicologia na Universidade Duke (EUA), autor de “Previsivelmente Irracional”.

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Dan Ariely

Ask Ariely: Sobre filmes, complicações estéticas, e presentes para desconhecidos

Dan Ariely responde sobre como voltar a fazer o que gostava e como avaliar uma nova cirurgia

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Querido Dan, Meus amigos e eu somos grandes fãs de filmes de ação e, antes da pandemia, costumávamos nos reunir uma vez por mês na casa de alguém para assistir a um filme. Tentamos manter a tradição escolhendo um filme para que todos assistissem de acordo com sua programação e depois nos reunindo em um chat por vídeo para conversar sobre ele. Eu gosto das discussões, mas por que não gosto mais de assistir filmes tanto quanto gostava antes? —Jack

Pesquisas demonstram que quando as pessoas fazem algo juntas, as emoções compartilhadas são amplificadas, tornando a atividade mais intensa e envolvente. Isso é especialmente verdadeiro se houver um componente estimulante e emocionante na atividade, como tem em filmes de ação. Para trazer de volta um pouco da experiência que você está perdendo, tente organizar uma festa de exibição em que todos transmitam o filme ao mesmo tempo. Saber que você faz parte de uma experiência em grupo, mesmo que virtualmente, pode trazer de volta um pouco da emoção enquanto ainda não podem se encontrar pessoalmente.



Querido Dan,
No início deste ano, meu irmão decidiu fazer uma cirurgia plástica. Ele entendeu que havia algum risco envolvido, embora fosse baixo. Infelizmente, houve complicações durante a cirurgia e ele acabou ainda mais insatisfeito com sua aparência do que antes. Agora ele está considerando uma segunda cirurgia para corrigir a primeira, mas está preocupado por estar cometendo o mesmo erro duas vezes. Você acha que ele deve ir em frente?
—Lee


Aprender com as decisões anteriores é importante, mas é difícil ter certeza de que estamos aprendendo a coisa certa. No caso do seu irmão, o fato de que a decisão dele de fazer a cirurgia levou a resultados desfavoráveis não significa necessariamente que a decisão foi errada. É fácil ser influenciado pelo viés do resultado –usando nosso conhecimento de como uma decisão acabou para julgar se ela estava certa em primeiro lugar. Com base nas informações disponíveis na época, fazer a cirurgia poderia ter sido a decisão certa, mesmo que tenha dado errado. Da mesma forma, seu irmão tem que decidir sobre uma segunda cirurgia com base nas informações que estão disponíveis agora, sem saber o que o futuro trará. Meu conselho é que ele converse com seu cirurgião e aprenda tudo que puder sobre a probabilidade de novas complicações. Ele só deve prosseguir com a cirurgia se estiver disposto a viver com esse risco, sabendo que ele pode ser reduzido, mas não eliminado.



Querido Dan,
Minha família fez amigo secreto nesse natal, e eu caí com o novo namorado da minha irmã, que mal conheço. Acabei comprando um livro para ele, mas não tenho ideia se ele gostou. Qual é a melhor maneira de comprar um presente para alguém que você não conhece bem?
—Allison


Em vez de tentar descobrir o que o presenteado gosta e correr o risco de errar, por que não presentear com uma experiência que nunca teve antes, como um jantar com uma culinária exótica? Assim, mesmo que acabem não gostando do presente, pelo menos terão algo novo e inesperado pela frente.

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