Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

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Ideia de criar Guarda Nacional pode reaparecer, e militares detestam

Proposta circulou no comissariado petista depois do 8 janeiro de 2023

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Pelo andar da carruagem, há uma pequena possibilidade de que reapareça a ideia de se criar uma nova repartição policial. Seria a criação de uma Guarda Nacional. Depois do 8 janeiro de 2023, essa ideia circulou no comissariado petista e, aos poucos, foi esquecida.

Militares do Exército brasileiro chegam à sede da Academia Nacional de Polícia Federal, onde foram tomados depoimentos de militares sobre os atos do dia 8 de janeiro - Pedro Ladeira - 12.abr.23/Folhapress

A quem interessar possa:

As instituições militares detestam a Guarda Nacional desde o fim do século 19. No início de novembro de 1889, falava-se na transferência de batalhões sediados no Rio e no fortalecimento da Guarda. Na noite do dia 14 começou um levante e no dia 15 estava proclamada a República.

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota e acredita ter percebido um padrão na defesa da moralidade pública e na sua vulnerabilidade.

De uma maneira geral, o cidadão começa a delinquir no ano Zero. No ano Um, o doutor é exposto, mas nega os malfeitos. No ano Dois, ele começa a ser investigado. No ano Cinco, se a culpa é estabelecida, ele é condenado e vai para a cadeia, condenado a duras penas. Na pior das hipóteses, por volta do ano Dez é libertado por algum benefício, revisão ou indulto.

Livre, caso ele circule no andar de cima e disponha de bons advogados, no ano Quinze consegue na Justiça a anulação das penas a que foi condenado por motivos que nada têm a ver com a essência das malfeitorias.

As denúncias de irregularidades em quatro ministérios de hoje estão no ano Um.

Esse padrão só vale para o andar de cima, no de baixo a vítima fica na cadeia mesmo sem culpa formada.

Madame Natasha com Eremildo

Madame Natasha tem horror a Eremildo porque ele é um cretino confesso, mas associou-se a ele e concedeu uma de suas bolsas de estudo ao secretário-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que atribuiu a um "erro formal" a viagem de três de seus assessores para festas em Sergipe, com passagens e diárias pagas pela Viúva.

Nas suas palavras: "Houve um erro formal do meu gabinete, erro de procedimento, e isso nunca mais se repetirá.

"Natasha acredita que o doutor falou demais. Não precisava enfiar o "formal" na confissão. O erro seria formal se a trinca tivesse pedido passagens para Aracaju e tivessem sido mandados para Roraima.

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