Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Julio Abramczyk

Perda auditiva: outro perigo no trabalho com gasolina

Crédito: Fabio Melo - 2.jul.2014/Folhapress Frentistas podem ter perda auditiva por conta dos constituintes solúveis da gasolina
Frentistas podem ter perda auditiva por conta dos constituintes solúveis da gasolina

Existe a possibilidade de perda auditiva dos frentistas de postos de combustíveis, segundo pesquisa publicada na revista "Audiology - Communication Research". O prejuízo está relacionado à evaporação da gasolina.

Áreas de alta concentração de vapores de solventes têm sido objeto de estudos pela possibilidade de provocar surdez (ototoxicidade).Pesquisas relacionadas à baixa exposição a solventes, como é o caso dos frentistas, entretanto, são restritas, assinalam Fernanda Zuchi e colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia da USP/Bauru (SP) e do Departamento de Estatística da UNESP/Botucatu (SP).

Na revista "Audiology - Communication Research", os autores referem que constituintes solúveis da gasolina são compostos tóxicos para o ambiente e no ser humano atuam como depressores do sistema nervoso central por toxicidade crônica.

Estudando o perfil auditivo de frentistas de postos de gasolina através de exames de audiometria e pesquisa do reflexo acústico, os autores encontraram nos resultados dos exames ação prejudicial dos combustíveis no sistema auditivo.

Os autores consideram relevante a inclusão dessa categoria profissional em programas de prevenção de perda auditiva.

Acrescentam que a categoria profissional dos frentistas deve ser submetida a avaliação auditiva periódica, pois ela permanece à margem do reconhecimento da necessidade de prevenção das alterações observadas no sistema auditivo e que são induzidas por solventes.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.