Uma pessoa andando pelas calçadas ou atravessando as ruas usando o telefone celular em meio a uma grande massa de pedestres é frequentemente observada nas grandes cidades.

Essa é uma das muitas causas de acidentes por distração relacionados ao uso do celular.

É o caso também de motoristas que dirigem o veículo sozinhos e não só falam ao celular como também enviam mensagens de texto, como publicado na revista American Journal of Public Health.

A incidência desses acidentes e as lesões resultantes na cabeça e no pescoço estão descritas na revista científica Jama ORL-Head & Neck Surgery.

Com base em relatório das ocorrências em 2.501 pacientes atendidos em serviços médicos de urgência, 55% eram do sexo feminino. A idade mais frequente dos acidentados era entre os 13 e 29 anos de idade.

Na cabeça, o total de ferimentos (33,1%) foi de lesões nos olhos, no nariz, na boca, nos lábios, na língua, nos dentes e na orelha. Ferimentos no pescoço alcançaram 12,5% do total.

Os autores, Roman Povolotskly e colaboradores da Faculdade de Medicina Rutgers New Jersey, EUA, destacam que esses acidentes, em grande parte por distração, indicam um aumento nos últimos 20 anos.

A maioria dos acidentes foi de pouca gravidade, mas os autores insistem que a população precisa compreender os riscos associados ao uso inadequado do celular.