Concluída a votação do segundo turno das eleições presidenciais, milhões de brasileiros e de brasileiras, com os mais diversos níveis de endividamento, esperam a renegociação prometida pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse em janeiro de 2023.
Como 80% das famílias têm dívidas, essa providência poderá marcar o retorno de grande contingente de pessoas ao mercado de consumo.
Mas, atenção, não se endivide por conta deste provável futuro alívio financeiro. No caso dos inadimplentes, há que resistir à tentação de comprar na Black Friday e de exagerar nos presentes de Natal.
Mesmo que essa promessa se concretize, e que as condições sejam boas (com descontos, redução de juros e multas, e prazo maior), ainda assim haverá débito a ser quitado.
Quem ainda tiver emprego formal, e, portanto, 13⁰ salário a receber, deverá priorizar pagamento ou abatimento das dívidas. Além disso, não vejo em horizonte próximo grande redução das taxas de juros vigentes no país.
Da mesma forma, o aumento da renda das famílias, se ocorrer, não será imediato. Então, temos de aguardar as medidas econômicas do novo governo, e suas consequências práticas, antes de voltar às compras com mais intensidade.
Não há milagres em economia. Por exemplo, os governadores eleitos e reeleitos certamente tentarão compensações para a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de energia, combustíveis, gás natural, telecomunicações e transporte coletivo. Talvez alguns até recorram a aumentos de impostos.
É melhor esperar o novo cenário político antes de assumir compromissos financeiros.
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