Ainda não comprou o presente de Natal ou do amigo secreto (oculto)? Deixou tudo para última hora, inclusive a ceia? Dê uma força ao comércio e serviços do bairro, que fizeram a diferença enquanto a pandemia nos confinava ao lar. Dificilmente não haverá algum vizinho ou vizinha que faça panetone, bombons, cesta de Natal, artesanato ou outra lembrança para presentear familiares, amigos e colegas.
Contrate um motoboy, motorista de aplicativo ou de táxi das redondezas, entregue a lista de presentes com os endereços, e ajude quem precisa trabalhar a ganhar um extra nesta época do ano.
No brechó ou na feirinha de artesanato, você poderá garimpar um presente sem igual, com charme e utilidade. O que importa não é o preço, a grife, e sim a lembrança daquele ser querido. E há também os cabeleireiros, barbearias e outros estabelecimentos semelhantes, para investir no visual.
E se tiver condições financeiras, faça algumas gentilezas de final de ano para aquelas pessoas que, sem alarde, ajudaram a tornar sua vida melhor em 2022. Comece pela equipe do prédio, que está a seu lado todos os meses do ano. E aos prestadores de serviços que muitos nem cumprimentam, mas que nos transportam, consertam coisas, abastecem o carro, fazem a triagem de quem chega ao pronto-socorro.
Nem todos e todas terão condições de festejar o Natal e o Ano-Novo com fartura. Mas ficarão mais felizes se forem lembrados, ao menos uma vez por ano. E se for possível, ainda é tempo de doar dinheiro para alguma instituição que luta contra todas as dificuldades para ajudar os mais vulneráveis.
Muitos comemoram o Natal devido à crença religiosa. Seria coerente, então, seguir os ensinamentos do aniversariante, que tratavam do amor ao próximo, do perdão e da humildade.
Sim, a classe média já paga montanhas de impostos para que os governos melhorem a vida das pessoas. Mas, sinto muito, isso não basta. Empatia não é cumprir nossas obrigações fiscais e tributárias. É enxergar o próximo e seus problemas como se ocorressem conosco e com as pessoas de que mais gostamos.
Fernando Pessoa dizia que o Tejo era mais belo do que o rio que corria pela aldeia dele, mas, ao mesmo tempo, não era mais belo, porque não era o rio da aldeia dele.
O mundo só melhora quando nós melhoramos. Pode ser bem pouco, mas melhora.
Feliz Natal!
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