Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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No Carnaval, descontração não rima com desatenção

E previna-se contra as DSTs, pois elas não tiram férias durante a festa

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Com maior ou menor animação, milhões de brasileiros já estão em ritmo de Carnaval. Em uma catarse coletiva, se esquecerão, ao menos por alguns dias, dos boletos, dos baixos salários e da carga tributária —que vai continuar alta, mesmo com a reforma recentemente aprovada. Mas descontração não deve rimar com desatenção, pois golpistas de todos os tipos aproveitam a maior festa nacional para lesar cidadãos e cidadãs que só querem se divertir.


A primeira dica é não levar cartões de débito e de crédito para a folia, nem celular, exceto se o destino for um baile em salão, que obviamente tem mais segurança. Em meio à multidão, fica bem mais fácil roubar um cartão ou o celular e fazer um grande estrago nas finanças dos foliões.

Se for indispensável levar o celular, a saída é levar um por grupo de pessoas, sem o aplicativo do banco, pois também é utilizado para transações por Pix. Da mesma forma, se tiver de levar um cartão, que seja um sem habilitação da função de aproximação.

Todas as compras de produtos e serviços, obviamente, são abrangidas pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor). Além disso, neste período de altas temperaturas, temos de escolher muito bem os alimentos comprados de ambulantes. Verifique se há refrigeração e a apresentação dos lanches. Maionese, camarão e peixe, entre outros alimentos altamente deterioráveis, devem ser evitados.

Ingressos para bailes e outras festividades têm de ser adquiridos diretamente dos clubes e casas de espetáculo, pois os vendidos por cambistas, além de mais caros, podem não ser autênticos.

Não vale a pena ir com condução própria, pois o trânsito costuma ficar muito congestionado, sem lugares para estacionar. E, evidentemente, beber e dirigir é crime e pode causar acidentes graves.

Embora o Carnaval seja constantemente associado à sensualidade, valores do dia a dia continuam em vigor: "Não é Não!". E nada de assédio. Beijos, carinhos e abraços dependem de mútuo consentimento.

A propósito, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) lançou, no último dia 3 (sábado), o #BlocoDoRespeito, campanha para combater o assédio e outras violências no Carnaval. Mais informações nas redes sociais do CNJ.

Hashtag #BlocodoRespeito, lançada pelo CNJ
Hashtag #BlocodoRespeito, lançada pelo CNJ - Reprodução do X

Outro risco sempre presente é o sexo sem proteção. DST (doenças sexualmente transmissíveis) não tiram férias durante o Carnaval. Então os cuidados devem ser redobrados, com o uso de preservativos.

Cuidados e prevenção não prejudicam a folia nem atravessam o ritmo do Carnaval. Evoé!

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