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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Inadimplência escolar cai em SP após 3 anos

Escolas particulares registram volta do índice a patamar similar ao de 2015

A inadimplência nas escolas particulares do Estado de São Paulo caiu em 2017, segundo o Sieeesp (sindicato dos estabelecimentos de ensino). A taxa média no ano foi de 8,16%, contra os 8,83% registrados em 2016.

A queda é a primeira em três anos. Com o resultado, os atrasos de mensalidade voltaram a um patamar similar ao de 2015.

Os últimos anos foram difíceis para os colégios. "Agora, observamos uma redução nos índices, mas o ideal é chegar abaixo dos 5%", afirma José Augusto Lourenço, vice-presidente da entidade.

A previsão é que, com o crescimento do emprego e a queda de juros, o número continue a cair em 2018.

"A maioria das instituições tem se preocupado em negociar com os pais com mais dificuldades, e tem dado certo."

Apesar da taxa considerada alta, as escolas não tiveram perda significativa de alunos na crise, diz Lourenço.

"No Bandeirantes, tivemos 127 alunos a mais matriculados neste ano e nossa inadimplência é próxima de zero. Este é nosso melhor período em cinco anos", afirma o diretor presidente do colégio, Mauro de Salles Aguiar.

A escola fez investimentos de R$ 4 milhões em reformas e em tecnologia antes da volta às aulas, com destaque para a implantação de linhas de fibra ótica em seu prédio.

O colégio São Luís, também na capital, tem uma equipe que dialoga com quem atrasa pagamentos.

"Não temos reincidência de inadimplentes. Os casos são sempre circunstanciais. Em 2017, nossa taxa teve leve alta de 0,2 ponto", diz a diretora-geral, Sônia Magalhães.

 

Maioria que poupa guarda na caderneta ou em casa, diz SPC

notas de 20 reais enfileiradas
Um terço dos brasileiros que poupam guardam suas reservas em casa, segundo o SPC - Fernando Frazão/Folhapress

Mesmo com o fim da recessão, a parcela dos que fazem reservas não aumentou, segundo pesquisa do SPC Brasil e da CNDL (confederação de dirigentes lojistas).

"As pessoas que recuperaram seus empregos não começaram a poupar, e 13% ainda admitem que não têm controle dos seus gastos", diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Entre os que fazem uma reserva, 56,6% aplicam na caderneta de poupança e 27,1% guardam dinheiro em casa.

"Na prática, essas pessoas perdem dinheiro", afirma a economista.

A maioria dos brasileiros ouvidos (71,5%) não conseguiu poupar em dezembro, de acordo com o levantamento. Só 21,4% guardaram algo do que receberam.

Entre os entrevistados, 50,6% não têm o hábito de fazer reservas. No geral, apenas um terço dos consultados disse ter o costume de poupar.

A baixa renda é apontada como o principal fator que dificulta a formação de um pé de meia.

A pesquisa foi realizada em 12 capitais brasileiras e entrevistou 800 pessoas.

 

Estrutura para saber

O Instituto Mauá de Tecnologia vai investir R$ 35 milhões até o fim de 2018.

Os recursos, que vêm do próprio caixa da instituição, serão aplicados em melhorias na infraestrutura dos dois campi, localizados em São Paulo e São Caetano.

Laboratórios multidisciplinares para uso compartilhado por diferentes cursos serão a prioridade, segundo o reitor José Carlos de Souza Júnior.

No momento, não há planos de expandir a oferta de vagas. Os investimentos serão concentrados nas turmas de graduação.

Parcerias com empresas e indústrias também serão intensificadas, afirma Souza Júnior.

R$ 140 milhões
foi o faturamento em 2017

4.300
são os alunos na graduação

11
são os cursos oferecidos

 

O que estou lendo
José Marcelo Amatuzzi de Oliveira, superintendente do A. C. Camargo Cancer Center

"Outubro: História da Revolução Russa", de China Miéville, é o livro que está à cabeceira de José Marcelo Amatuzzi de Oliveira, superintendente-executivo do A. C. Camargo Cancer Center.

Pensando em centenário da Revolução de 2017, próxima Copa do Mundo, e "excentricidades de Putin e Trump", o radiologista se interessou pelo romance histórico de Miéville, inglês mais conhecido por sua obra de ficção científica.

"O relato intenso de um dos principais eventos do século 20 nos leva a visitar, da nossa poltrona, Petrogrado e Moscou, enquanto se pode imaginar vitórias da nossa seleção canarinho e derrotas da Alemanha, França talvez até lamentando a ausência da esquadra Azzurra", diz Oliveira.

"É um bom livro para entender as paixões que guiaram os últimos cem anos —e para imaginar o que será de nossas razões e emoções num breve futuro."

 

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI,  IVAN MARTÍNEZ-VARGAS e DIANA LOTT

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