Funcionários do Projeto Guri, um dos maiores programas socioculturais do país, começaram a receber nesta sexta (29) aviso prévio de que devem ser demitidos no próximo mês.
Mais da metade dos educadores, músicos e coordenadores de polos que ensinam música para crianças carentes em todo o Estado de SP receberam o aviso de que devem ir para o olho da rua.
Foram 650 avisos, de um total de 1.500 pessoas empregadas no projeto.
As medidas foram tomadas depois que o governo de João Doria decidiu cortar o orçamento da Secretaria da Cultura e Economia Criativa em 23%, num total de R$ 148 milhões.
Caso o corte não seja revertido, o Guri terá que fechar 31 mil de um total de 50 mil vagas hoje abertas. Do total de 335 polos em funcionamento, 171 teriam as atividades encerradas.
O contingenciamento de verbas vem sendo considerado desastroso pelos operadores da área da cultura. A própria secretaria está tentando minimizar os cortes. Em nota, a pasta diz que “as metas são minimizar as consequências e buscar mais eficiência e mais eficácia. Estamos fazendo reuniões individuais com cada uma das 18 organizações sociais, incluindo as gestoras do Projeto Guri, para definir as prioridades e os ajustes necessários. Trata-se de um imperativo da realidade orçamentária do estado”.
Estudos da Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura estimam que museus, bibliotecas e centros culturais podem ser fechados ou ter suas atividades reduzidas.
Uma abaixo-assinado no Avaaz contra o fim do Projeto Guri já chegou a 35 mil assinaturas.
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