Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Ministros do STF são avisados de que Weintraub cai e acreditam que ele pode acabar preso

Weintraub é investigado no inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF

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O ministro Abraham Weintraub, da Educação, já estaria com os dias contados na equipe do presidente Jair Bolsonaro e sua queda pode ocorrer a qualquer momento.

Esse foi o recado passado por um interlocutor frequente de Bolsonaro a ministros da corte.

Magistrados acreditam, inclusive, que o ministro da Educação pode acabar sendo preso se continuar atacando as instituições, como tem insistido em fazer.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participa de entrevista coletiva no Inep - Pedro Ladeira - 5.dez.2019/Folhapress

No domingo (14), Weintraub foi a uma manifestação de apoiadores de Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios.

Sem máscara, como exige um decreto baixado no Distrito Federal, ele gerou aglomerações e voltou a fazer afirmações polêmicas.

Questionado pelos bolsonaristas sobre o pagamento de impostos a políticos corruptos, ele respondeu: "Já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos".

A frase faz referência a afirmação dele na reunião ministerial de 22 de abril, em que disse: "Eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".

Um magistrado ouvido pela coluna disse acreditar que, se o ministro seguir "nessa toada" de ataques, ele pode até ser preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional, por atacar as instituições.

Weintraub está sendo investigado no inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele também responde a inquérito pelo crime de racismo que teria cometido ao ironizar os chineses em postagens no Twitter.

A sua queda vem sendo aventada há várias semanas e é defendida por ministros do governo e também por integrantes do "centrão", o bloco parlamentar que está fazendo um acordo com Bolsonaro.

Eles davam como certo que o ministro seria demitido no mês passado. A divulgação da reunião ministerial e dos ataques dele ao STF teriam gerado um paradoxo: Bolsonaro recuou na demissão para não parecer que estava cedendo a pressões.

No começo do mês, diante da intensificação dos rumores de uma iminente demissão do ministro, os filhos do presidente Bolsonaro fizeram um intenso lobby, nas redes sociais, defendendo a permanência dele no cargo.

Qualquer decisão sobre o futuro do ministro deve passar por uma negociação com eles, que exercem influência grande sobre o pai e enxergam Weintraub como um aliado deles na ala ideológica do governo.

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