Os hospitais privados de São Paulo estão sentindo intensamente os efeitos das festas de fim de ano: 86% deles registraram aumento de internações de pacientes com Covid-19 nos últimos dez dias.
O levantamento foi feito pelo SindHosp, que representa as instituições privadas. Ele constatou também que sete em cada dez hospitais privados paulistas estão com as UTIS cheias, com ocupação superior a 71%.
Segundo o sindicato, a maioria deles ainda tem condições de ampliar os leitos —28% já tiveram que aumentar seus espaços clínicos e 26% já aumentaram os leitos para doentes infectados pelo novo coronavírus.
Mesmo assim, a situação já é crítica em vários deles: 20% das instituições privadas registram taxa de ocupação entre 91% e 100% em suas UTIs reservadas para Covid-19. Outros 44% têm taxa de ocupação entre 81% e 90%, considerada também de grande estresse e risco.
A pesquisa foi feita em 76 hospitais de todas as regiões do estado, que tem 383 instituições privadas aptas a atender Covid-19.
A ideia era verificar se houve aumento de casos, se os hospitais têm capacidade de ampliação de leitos clínicos e de UTI e se estão mantendo a agenda de cirurgias e procedimentos eletivos.
Do total, 76% disseram que estão conseguindo manter a agenda para o atendimento de pacientes com outras enfermidades.
“A integração público-privada torna-se fundamental nesse momento da pandemia. E os hospitais privados estão ampliando atendimentos e desdobrando esforços para garantir assistência à população”, disse, por meio de nota, o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin.
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