Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Justiça determina que Governo de SP vacine em 15 dias todas as pessoas presas

Juíza afirma que houve "grave omissão" por parte do estado ao não imunizar de forma rápida sua população carcerária

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O Tribunal de Justiça de São Paulo deu 15 dias para que o estado de São Paulo vacine todas as pessoas presas nas unidades paulistas. Determinou, ainda, que o governo João Doria (PSDB) apresente em até 48 horas um cronograma de vacinação para os detentos.

A decisão liminar atende a uma ação civil pública apresentada pela Defensoria Pública de São Paulo.

A juíza Maricy Maraldi afirma que houve "grave omissão por parte do ente público estatal ao não providenciar de forma rápida e ágil a vacinação das pessoas privadas de liberdade, o que denota flagrante descaso do governo com a população carcerária, já tão privados dos direitos mais básicos e elementares do ser humano".

"Deve o governo do estado de São Paulo respeitar os grupos prioritários definidos na normativa nacional, podendo ampliar, mas não restringir, a cobertura [de] vacinação, sendo legítima na hipótese a atuação do poder Judiciário diante da omissão da administração pública", diz Maraldi. O Plano Nacional de Imunização classifica como prioritário o grupo de pessoas privadas de liberdade.

A magistrada afirma que, ao não respeitar o PNI, o governo de São Paulo incorre em grave afronta aos direitos fundamentais da pessoa humana, como a igualdade, a universalidade, a equidade e a integralidade da assistência.

Desde o início da crise sanitária, ao menos 74 detentos morreram em decorrência da Covid-19 no estado de São Paulo —39 deles, nos últimos cinco meses. A população carcerária paulista é composta por 207.700 presos.

Até segunda-feira (19), a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) já tinha vacinado mais de 27 mil pessoas presas. A defensoria, no entanto, afirmou em ação que os números “são irrisórios e inaceitáveis”.

De acordo com a SAP, a expectativa é que a vacinação avance a partir desta segunda quinzena de julho e no mês de agosto. “A população privada de liberdade é mais jovem que a população em geral”, afirmou à coluna.

A secretaria ainda disse que o governo estadual é responsável apenas pela distribuição das doses, cabendo aos municípios os cronogramas de aplicação.

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