A velocidade na queda de casos, internações e óbitos por Covid-19 no estado de São Paulo começou a dar sinais de desaceleração. É possível, avaliam especialistas do governo paulista, que os números voltem a se estabilizar —e em patamares altos. A mesma tendência foi apontada nesta semana pela Fiocruz em outros estados do Brasil, especialmente no Rio de Janeiro.
QUEDA LENTA
A luz amarela acendeu entre os que acompanham os dados diariamente no governo de São Paulo. O isolamento social no estado voltou aos patamares de março do ano passado, antes de a epidemia explodir. Ele não seria suficiente, no entanto, para explicar uma eventual paralisação na melhora da situação.
LENTA 2
Outras possibilidades que começam a ser aventadas é uma possível disseminação maior da variante delta do coronavírus, mais contagiosa. Ou as vacinas perdendo o efeito em parte da população que se imunizou no começo do ano. As primeiras doses foram aplicadas em janeiro, há sete meses.
LUPA
O secretário municipal de Saúde da capital, Edson Aparecido, por sua vez, diz que a Prefeitura de SP está monitorando as tendências com lupa.
LUPA 2
Segundo ele, os próximos dez dias serão cruciais para que se saiba se a vacinação em massa conseguirá, de fato, frear as novas variantes e a disseminação da doença mesmo com o maior relaxamento da população.
GERAL
Nesta quinta (12), o Boletim Infogripe da Fiocruz indicou um deslocamento da curva da pandemia e a interrupção da tendência de queda, com possível retomada do crescimento do número de casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). "Quem puxa essa mudança são fundamentalmente os estados das regiões sudeste, centro-oeste e sul", diz Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe.
GERAL 2
De acordo com a Fiocruz, o Rio de Janeiro, estado com o maior número de casos da variante Delta no Brasil, apresenta sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Outros dois estados estão na mesma situação, ainda que com sinal moderado de crescimento: Acre e Mato Grosso do Sul.
GERAL 3
As internações por Srag abrangem todos os casos em que há internação de um paciente por problemas respiratórios. A maioria deles acaba tendo diagnóstico positivo para a Covid-19, o que transforma o boletim em um dos melhores termômetros para se acompanhar as tendências da epidemia no Brasil.
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com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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