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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Presidente do PSOL diz que Aldo Rebelo é fascista e 'um horror'

Ex-ministro rebate e afirma que chavão é 'coisa de quem não tem o que fazer'

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O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo é um "fascista de esquerda". A declaração foi feita em comentário nas redes sociais, em resposta a um usuário que citou Rebelo como uma candidatura da esquerda ao Senado.

Medeiros questionava pré-candidaturas ao Senado pelo estado de São Paulo quando o nome do ex-ministro surgiu na conversa.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros - Adriano Vizoni - 20.nov.2020/Folhapress

"Datena, Skaf, Janaína Paschoal e agora um jornalista da Jovem Pan [José Carlos Bernardi, demitido da emissora em 2021] que defende o extermínio de judeus. Esses são os pré-candidatos ao Senado em SP. É hora da esquerda apresentar uma alternativa e derrotar os novos e velhos bolsonaristas que disputam essa vaga. SP merece mais!", escreveu o dirigente do PSOL.

Questionado pela coluna sobre o comentário a respeito de Rebelo, Juliano Medeiros complementa: "Ele é contra a luta de mulheres, negros e negras, LGBTs. O centro de sua agenda é ultranacionalista, contra o direito de indígenas. É alinhado com a política externa bolsonarista. Esse cara é um horror", diz.

Aldo Rebelo, por sua vez, ironiza o comentário do presidente do PSOL. "Coisa de quem não tem o que fazer. É falta de argumento", afirma à coluna.

"Quem não concorda com o Bolsonaro é comunista. Se discordar dele, já é comunista. Se discordar desse pessoal [do PSOL], é fascista. Isso não explica nada para ninguém, só esconde o que as pessoas pensam atrás desse chavão", segue.

Carlos Lupi, Antônio Neto, Aldo Rebelo, Ciro Gomes e Elvis Cezar, todos do PDT, no lançamento de Cezar ao Governo de SP
Carlos Lupi, Antônio Neto, Aldo Rebelo, Ciro Gomes e Elvis Cezar, todos do PDT, durante evento de lançamento de Cezar ao Governo de SP - Divulgação PDT

O ex-ministro diz não conhecer Juliano Medeiros pessoalmente, mas que a desavença entre ele o PSOL remonta a véspera da Copa do Mundo de 2014.

"Eles se juntaram com o [grupo] Vem Pra Rua e com o MBL para fazer aquele movimento 'Não Vai Ter Copa', saíram quebrando tudo pela rua. Eu dizia para a presidente Dilma que aquilo tinha que ser reprimido, senão eles iam impedir a Copa. Eles diziam que era fascismo", diz.

Rebelo afirma ainda que, desde então, o PSOL quer ocupar o lugar do PT na representação institucional da esquerda. Se ele acredita que um dia isso possa ocorrer? "Se Deus proteger o Brasil, tomara que não", diz, rindo.

Rebelo pretende concorrer a uma cadeira no Senado pelo PDT de Ciro Gomes. O convite para a disputa foi feito publicamente pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, em evento no início deste mês.

"São Paulo tem sido vítima da desindustrialização que será enfrentada e corrigida por um governador que se volte para o desenvolvimento, para o crescimento da nossa economia e não para os rentistas da Faria Lima, que enterram São Paulo e enterram o Brasil", discursou Rebelo na ocasião.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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