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PT e PSOL vão à Justiça para barrar privatização da Sabesp até que audiências sejam realizadas

Câmara Municipal prevê votar a proposta nesta quarta-feira (17), apenas dois dias depois da primeira audiência

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São Paulo

Vereadores do PT e do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo ingressaram na Justiça para tentar suspender a votação do projeto de lei (PL) que dá aval à privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) na capital paulista.

Os parlamentares defendem que a votação do texto substitutivo ocorra somente depois que todas as audiências públicas sobre o tema sejam realizadas. Como mostrou a coluna, a Casa deve votar a proposta nesta quarta-feira (17) —apenas dois dias depois da primeira audiência, realizada na segunda-feira (15).

Vista aérea de estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo
Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, estatal que deve ser privatizada - Gabriel Cabral/Folhapress

Uma segunda votação, definitiva, deverá ocorrer na primeira semana de maio. Até lá estão previstas mais seis audiências. É necessário maioria simples da Casa, ou seja, 28 votos, para o projeto passar.

A venda da estatal foi autorizada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no final do ano passado, mas um novo contrato com a prefeitura precisa ser aprovado pelos vereadores paulistanos para que ela possa operar na capital.

Na ação popular, que deve ser protocolada ainda nesta quarta, os vereadores afirmam que o presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), "impôs, de maneira injustificada, um ritmo de aprovação extremamente acelerado que esvazia a participação social e impossibilita a efetiva análise da proposta pelos cidadãos paulistanos".

"Na data de ontem (16/04), [...] o presidente da Câmara determinou, sem nenhuma justificativa razoável, que a votação do texto substitutivo do PL 163/2024, apresentado pelo Poder Executivo Municipal naquela mesma data, poucas horas antes, seria levado à votação no plenário da casa na data de hoje (17/04), cerca 24hs após a apresentação do referido texto, desrespeitando a necessidade da realização das duas audiências públicas", afirmam os parlamentares.

E seguem: "Esta abrupta mudança e injustificado senso de urgência esvaziam completamente o propósito de participação popular, razão de ser das audiências públicas já agendadas, visto que não faz o menor sentido discutir-se os contornos de um projeto de lei que já esteja conformado".

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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