Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Passada a Previdência, 'agora vêm todas as outras coisas'

Investidores externos querem 'mais esforços para reforçar economia', que enfrenta 'perspectiva de recessão'

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Na reportagem da Bloomberg sobre a aprovação da reforma, gráfico mostra fuga estrangeira da Bovespa em 2019, com o governo Bolsonaro - Reprodução

Le Figaro e outros noticiaram a aprovação da reforma da Previdência, em primeira votação, com foto de Rodrigo Maia, não Jair Bolsonaro. O jornal francês, também como outros, sublinhou que ela era "esperada há tempos".

No enunciado da Bloomberg, "Brasil finalmente entrega [a reforma das] pensões. Agora vêm todas as outras coisas". Logo abaixo, aprovação "já havia sido em sua maior parte precificada" e daqui para a frente "os investidores vão querer ver mais esforços para reforçar a economia".

Os investidores estrangeiros vinham "fugindo do Brasil", com retirada de R$ 5 bilhões da Bovespa só no primeiro semestre deste ano. "Os recordes seguidos de alta no índice de ações são guiados em sua maioria por investidores locais."

Wall Street Journal e Financial Times não chegaram a dar maior destaque, lembrando ser primeira votação —embora "a mais importante", anotou o WSJ, prevendo voto final "por volta do fim de setembro ou início de outubro".

O FT avaliou no início de sua reportagem que "a mudança é vista como essencial para restaurar confiança na economia do Brasil, que enfrenta perspectiva de recessão no segundo semestre" por causa "do mergulho no investimento e do encolhimento na produção industrial".

FLAGRANTE

Reuters, por New York Times e outros, Bloomberg e Deutsche Welle já noticiavam na quinta à noite que Bolsonaro pretende indicar "o próprio filho" para ser o embaixador do Brasil em Washington. Via Twitter, correspondentes apontavam "flagrante nepotismo".

NOVA GERAÇÃO

No Guardian, com foto de Jean Wyllys (PSOL), Márcia Tiburi (PT) e outros pela Europa, "Nova geração de exilados políticos deixa o Brasil de Bolsonaro 'para continuar vivo'".

Todos, informa o jornal britânico, com chamada no Drudge Report, "descrevem um coquetel de ameaças de gangues paramilitares, extremistas de direita e um fórum niilista da 'dark web' cujos usuários vomitam ódio por esquerdistas, mulheres e negros".

TUDO O QUE O BRASIL NÃO É

Com a ilustração acima, a nova edição da revista The Economist publica um obituário saudoso de João Gilberto, "o homem que cantou 'The Girl from Ipanema'". Última frase do texto:

"Em sua sensibilidade, sua busca disciplinada de perfeição e sua abertura à influência estrangeira, a bossa nova era tudo o que a visão do Brasil de Jair Bolsonaro —vulgar, cheio de ódio e nacionalista— não é."

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