As três grandes redes americanas, NBC, ABC e CBS, cortaram no meio a transmissão do pronunciamento de Donald Trump, no início da noite.
Abaixo, o momento em que o âncora Brian Williams, da MSNBC, silenciou o presidente dos Estados Unidos:
No canal financeiro CNBC, o âncora Shepard Smith, ex-Fox News, também cortou, dizendo:
"Estamos interrompendo porque o que o presidente dos Estados Unidos está dizendo, em grande parte, é absolutamente falso. E não vamos permitir que continue. Porque não é verdade."
Na CNN, que transmitiu, o âncora Anderson Cooper entrou em seguida descrevendo o pronunciamento como "triste, verdadeiramente patético e perigoso", acrescentando:
"Esse é o presidente dos Estados Unidos. Essa é a pessoa mais poderosa do mundo, e nós o vemos como uma tartaruga obesa, de costas, se debatendo no Sol quente, percebendo que seu tempo acabou."
O Wall Street Journal evitou chamar o pronunciamento na home. E o tabloide New York Post, também do magnata Rupert Murdoch, noticiou com o título "Abatido, Trump faz alegações infundadas de fraude eleitoral".
O New York Times deu em letras pequenas a chamada "Trump quebra seu silêncio numa declaração cheia de falsidades", quase um editorial breve, assinado pela repórter Maggie Haberman:
"Trump rompeu um silêncio de dois dias para uma breve declaração cheia de falsidades e difamações flagrantes sobre o processo eleitoral, enquanto os trabalhadores em vários estados continuavam a tabular os votos. O presidente pintou os resultados como parte de uma ampla conspiração, para privá-lo de um segundo mandato, dos democratas, dos funcionários eleitorais e da mídia. "Se você contar os votos legais, eu ganho facilmente", disse Trump, uma declaração falsa que espalhou calúnia sobre o resto da eleição. Ele não ofereceu nenhuma evidência; em vez disso, listou uma série de teorias conspiratórias sobre por que as cédulas chegaram atrasadas em alguns lugares."
Enquanto isso, as plataformas agiam contra o próprio Trump e seus aliados. O Facebook suspendeu a conta do grupo Stop the Steal, por incitar à violência, ao mesmo tempo em que o Twitter suspendia o perfil e o YouTube derrubava um episódio do programa de Steve Bannon, também por incitação.
E a agência Associated Press distribuiu a foto abaixo:
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