Na chamada do New York Times para as eleições, daqui a três semanas, Joe Biden promete que resgatar o direito ao aborto "será prioridade, se expandir a sua maioria" na Câmara e no Senado.
Na reportagem, porém, o jornal acrescenta com destaque que "não está claro se essa questão está ressoando junto aos eleitores".
O mesmo NYT havia manchetado, no dia anterior, uma pesquisa própria mostrando que os "eleitores se preocupam com economia" e, assim, "republicanos ganham vantagem".
E mais, com a foto acima, "os independentes, especialmente as mulheres, estão se inclinando para o Partido Republicano apesar do foco dos democratas no direito ao aborto".
Um mês antes, o jornal já havia publicado a análise "Sim, os sinais de alerta nas pesquisas estão piscando novamente", avisando para problemas crescentes para os democratas.
E a cobertura da economia segue amontoando más notícias. A Bloomberg, usando sua própria ferramenta de projeção financeira, abriu a semana com a manchete "Previsão de recessão atinge 100%, em golpe para Biden", que vem falando o oposto "antes das eleições de meio de mandato".
SUMMERS VS. KRUGMAN
Paralelamente, o economista democrata Lawrence Summers afirmou, em mídia social, que não vê como diminuir a inflação americana sem impor "uma recessão significativa" —em novo confronto público com o economista Paul Krugman, também democrata, que voltou a insinuar inflação transitória em sua coluna.
SOBEM O DÓLAR E A FOME
A alta dos juros pelo banco central americano, para conter a inflação, disparou a moeda e agora o "dólar nas alturas deixa alimentos amontoados nos portos à medida que cresce a fome mundial", ressalta a Bloomberg, listando Gana, Paquistão e outros países mais expostos. "Eles não podem pagar as commodities, eles não têm como pagar."
E na Bloomberg TV o investidor "Mark Mobius avisa que as taxas de juros dos Estados Unidos vão atingir 9%" no ano que vem, se a inflação persistir. Mas ele tem preferido aplicar em emergentes como Índia, Brasil e Turquia.
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