Ao vivo, as cenas na Globo já eram de Lula tentando sair para festejar. William Bonner narrava, quando a voz de Renata Lo Prete avisou, ao fundo: "Acabou, Bonner".
E este proclamou, finalmente: "Aí está. Às 19h57, Renata Lo Prete chamando a minha atenção para este momento. Você está vendo na tela. A Justiça Eleitoral acaba de confirmar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT".
O Datafolha havia projetado a vitória, jornais pelo mundo já noticiavam em manchete, do argentino Clarín ao espanhol El País, e entraram então aquelas de New York Times e demais.
Os enunciados foram do simples "Lula ganha as eleições" até "Brasil elege Lula, ex-líder esquerdista, em desaprovação de Bolsonaro" (abaixo), enfatizando a derrota do "movimento de extrema direita" —que vinha de vitórias em países ricos.
'STUNNING COMEBACK'
A ansiedade dos dois apresentadores da Globo com o apertado placar nacional, por horas e sobretudo no final, se reproduziu pelo mundo.
O inglês The Guardian, a exemplo dos brasileiros, replicou em tempo real os dados que eram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, e virou referência para outros, como o americano Semafor.
No final, o Guardian ressaltou seu "assombroso retorno", enquanto o Semafor arriscou "He's Back", ele voltou. Também para CNN e Bloomberg, "assombroso retorno".
No portal Guancha, de Xangai, que entrevistou o ex-presidente no início da campanha e foi agora um dos primeiros veículos chineses a destacar, a manchete foi para "Resultados oficiais anunciados no Brasil: Lula ri por último" (abaixo).
SEM FESTA
Na Globo, mal saiu a notícia, Lo Prete chamou a atenção para o fato de ser o primeiro presidente a voltar ao cargo sendo eleito, nas duas passagens, "de forma democrática".
E Bonner, que já havia exaltado diversas vezes o sistema democrático do país, abordou a dúvida sobre Bolsonaro telefonar e reconhecer a vitória de Lula, como ele havia prometido na própria Globo.
Enquanto isso, SBT e outras redes se voltaram à programação dominical regular, inclusive o Programa Silvio Santos.
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