Na capa impressa do jornal americano The New York Times deste domingo (30), "Grupo brasileiro ocupa terra não usada por ricos".
Na homepage, mais provocativa, "Se você não usar sua terra, esses marxistas podem pegá-la". Logo abaixo, "O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra organiza os pobres do Brasil para pegar a terra dos ricos. É talvez o maior movimento social da América Latina".
Início do extenso relato do correspondente no Rio, Jack Nicas, com fotos de Maria Magdalena Arréllaga:
"Eles chegaram pouco antes da meia-noite, carregando facões e enxadas, martelos e foices, com planos de tomar as terras. Quando os 200 ativistas e trabalhadores rurais entraram, a fazenda estava vazia, coberta de mato, e a sede, desocupada, exceto por uma vaca perdida. Agora, três meses depois, é uma vila movimentada. Num domingo recente, as crianças andavam de bicicleta em novos caminhos de terra, as mulheres cultivavam o solo para jardins e os homens colocavam lonas nos abrigos. Cerca de 530 famílias moram no acampamento de Itabela, município do Nordeste do Brasil, e já se uniram para arar e plantar feijão, milho e mandioca. Os irmãos que herdaram a fazenda de 150 hectares querem que os posseiros desapareçam. Os novos inquilinos dizem que não vão a lugar nenhum."
DOS EUA PARA A BAHIA
Quem também vai ao estado nesta semana é a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield. Integrante do gabinete de Joe Biden, passa por Brasília na terça, depois Salvador, "um centro da cultura afro-brasileira", descreve a agência americana Associated Press.
Vai abordar "a equidade para comunidades raciais e indígenas marginalizadas", encontrando "sociedade civil afro-brasileira". Com autoridades, vai "discutir nossa parceria na região e na ONU", onde o Brasil compõe temporariamente o Conselho de Segurança.
No final da semana, AP e VOA, Voz da América, destacaram que "Lula reconhece seis áreas indígenas".
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