Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Guerra da Ucrânia toda mídia

Desta vez, choque de versões impede tomar posição na guerra

Em jornais como NYT, lado ucraniano ganha atenção, mas 'não está claro quem foi responsável' por destruir represa

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A destruição da represa de Nova Khakovka colocou em lados opostos, como esperado, a imprensa ucraniana e a russa. A Gazeta.ua destacou as postagens de Telegram feitas por autoridades locais ucranianas e depois por Volodimir Zelenski, de que foi uma explosão russa.

Kommersant e outros russos destacaram, do prefeito de Nova Khakovka, que foi bombardeio ucraniano, não explosão, e que só atingiu o alto da hidrelétrica, não a barragem. A Rossiyskaya Gazeta acrescentou terem sido foguetes do sistema ucraniano Vilkha.

Restaram os muitos vídeos no Telegram, com imagens de qualidade:

Mas desta vez também houve divisão na cobertura anglo-americana, padrão para outras no Ocidente. The Washington Post, The Wall Street Journal e Financial Times evitaram afirmar se foi ação ucraniana ou russa. Citaram, sem destaque, que ucranianos e russos se acusaram.

The New York Times e The Guardian, ao menos num primeiro momento, deram atenção à versão ucraniana, ainda que o primeiro tenha anotado que "não está claro quem foi responsável".

Autoridades europeias, a exemplo do que havia acontecido na explosão do gasoduto Nord Stream, responsabilizaram a Rússia, porque nada teria acontecido se não tivesse invadido.

NYT E OS NAZISTAS UCRANIANOS

Em título de reportagem tortuosa do NYT, "Símbolos nazistas nas linhas de frente da Ucrânia destacam questões espinhosas da história". Logo abaixo, "Uso de insígnias com emblemas nazistas pelos soldados corre o risco de alimentar propaganda russa".

O que importa, como salientou Glenn Greenwald no Rumble, é que "o NYT admite o que é óbvio, mas foi escondido, ou seja, que o Exército ucraniano, que o governo dos EUA financia e ao qual fornece armamento pesado, está tomado por batalhões nazistas".

No site Semafor, Ben Smith informa que a imprensa dos EUA, apesar da "simpatia" que mostra desde o início da guerra, não está sendo bem tratada pelo governo Zelenski: "Artigos e transmissões de NBC, NYT, CNN e The New Yorker levaram jornalistas a ter suas credenciais ameaçadas, revogadas ou negadas por acusação de violar regras".

Um "alvo especial da ira ucraniana tem sido Thomas Gibbons-Neff", que em seguida escreveu sobre os símbolos nazistas no NYT.

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