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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Drauzio Varella pede, e Youtube exclui vídeo descontextualizado publicado por Flávio Bolsonaro

Senador compartilhou material feito pelo médico quando ainda não havia casos de coronavírus no Brasil

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Após solicitação de Drauzio Varella, o Youtube excluiu vídeo publicado no canal do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). A informação foi confirmada ao Painel pela equipe do médico.

No material, gravado em janeiro, quando ainda não havia casos confirmados de coronavírus no Brasil, Drauzio dizia que não havia motivo para mudar a rotina e que continuaria a sair normalmente na rua.

No entanto, o filho do presidente Jair Bolsonaro publicou o vídeo no domingo, 22 de março, quando as recomendações dos órgãos de saúde já haviam mudado e o pedido era o de que as pessoas ficassem em casa —inclusive do próprio Drauzio. Quando o vídeo foi excluído já contava com mais de 40 mil visualizações.

Vídeo excluído pelo Youtube a pedido de Drauzio Varella
Vídeo excluído pelo Youtube a pedido de Drauzio Varella - Reprodução

Ao publicar o vídeo fora de contexto, Flávio o colocou como reforço ao argumento que tem sido defendido por seu pai e alguns aliados mais radicais de que há uma reação exagerada à pandemia e de que o confinamento de pessoas proposto por governadores é equivocado e prejudicará a economia nacional.

A equipe do médico disse ao Painel que não pensa em processar Flávio ou quem quer que esteja promovendo os vídeos fora de contexto.

"Não estamos pensando em ação. Nosso foco é manter nosso trabalho, que acreditamos ser essencial neste momento. Não vamos perder tempo com nada que fuja da nossa função de informar a população sobre a pandemia", afirmam.

Em seu pronunciamento desta terça (24), Bolsonaro referiu-se ao mesmo vídeo de maneira irônica. "[Se contaminado pelo coronavírus] Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão", disse o presidente.

O Brasil já teve 57 mortes por coronavírus e 2.433 casos confirmados, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25).

Aliados de Bolsonaro têm sido alvo de políticas de ataque à desinformação promovidas pelas redes sociais em meio à pandemia. Como mostrou o Painel, o Twitter apagou posts e paralisou por 12 horas as contas de Flávio Bolsonaro, Allan dos Santos (influenciador bolsonarista) e Ricardo Salles (ministro do Meio Ambiente) por acreditar que estavam aumentando o risco de as pessoas se exporem ao coronavírus.

O Youtube também tirou do ar vídeo do guru bolsonarista Olavo de Carvalho.

A coluna Painel agora está disponível por temas. Para ler todos os assuntos abordados na edição desta quinta-feira (26) clique abaixo:

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