O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou em suas redes sociais uma nota, publicada pelo general da reserva Augusto Heleno, que diz que a apreensão de seu celular poderia "ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".
Em sua nota, Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, escreveu que "o pedido de apreensão do celular do Presidente da República" é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável. Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder".
Ele ainda disse que estava fazendo "um alerta" às "autoridades constituídas" de que o pedido seria uma "tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes".
Nesta sexta (22), o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedidos de partidos e parlamentares de oposição para que o celular de Bolsonaro seja apreendido e periciado.
Nas redes sociais, a nota de Heleno gerou repúdio de diversos parlamentares e autoridades.
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, apontou anacronismo e pediu que o militar ajudasse mais no período da pandemia do novo coronavírus.
"General Heleno, as instituições rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa", escreveu Santa Cruz
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
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