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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Comitê gestor do Rio questiona publicidade com elogios a Witzel e pede dinheiro de volta

Peça de R$ 16.590 foi veiculada em jornal de distribuição gratuita

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Um peça publicitária em um jornal chamado Sentinela Ambiental fez o comitê gestor do Regime de Recuperação Fiscal do Rio cobrar uma medida de economia de R$ 16.590 (valor equivalente ao da propaganda) ao estado como compensação à despesa.

O comitê entendeu que a propaganda não obedeceu as normas do programa fiscal, que veda gastos em publicidade que não sejam de utilidade pública e que caracterizem promoção pessoal de autoridades.

A peça foi veiculada no jornal de distribuição gratuita na edição abril/maio de 2019. A despesa foi paga pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Em três páginas, são veiculados textos que aparentam reportagens, porém em tom elogioso às autoridades estaduais.

Na primeira, Ana Lúcia Santoro, secretária estadual do Ambiente e Sustentabilidade, faz um balanço positivo de sua atuação no governo, iniciada há pouco mais de três meses, e aparece em foto ao lado de Ricardo Salles.

"Esses são nossos primeiros números e são excelentes, mas temos muito trabalho pela frente. Novos resultados virão para beneficiar a população fluminense", diz a secretária, no texto.

A segunda página fala de um seminário em que, além de Ana Lúcia e Salles, aparece o governador Wilson Witzel (PSC), hoje ameaçado de impeachment. Witzel afirma no texto que batalha por um empréstimo de R$ 200 milhões junto ao governo federal. À época, o governador era aliado de Jair Bolsonaro e buscava se alinhar à administração federal.

"Já fizemos nosso dever de casa e estamos apresentando todas as questões que foram colocadas pelo regime de recuperação fiscal para podermos obter o financiamento", diz Witzel.

A terceira página faz um relato de uma palestra do presidente do Inea, Cláudio Dutra.

O Rio se livrou nesta quarta (1º) de uma recomendação de expulsão do programa fiscal, criado para socorrer estados falimentares, ao bloquear 811 cargos da administração estadual, entre os quais mais de 700 na área da saúde.​

A despesa com a publicidade, apresentada como violação adicional ao regime, entrou na conta dos R$ cerca de 600,7 milhões que serão compensados pelo estado para seguir no regime, que vence em setembro.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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