Sem contar os óbitos de Covid-19, o Brasil teve entre os meses de março e junho 23% de mortes a mais do que o esperado para o período, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários da Saúde.
O estudo indica que Sudeste, Nordeste e Norte foram as regiões mais afetadas com as consequências indiretas da pandemia. As capitais foram as mais atingidas, principalmente Manaus e Belém (Norte), São Luís, Fortaleza, Recife e Salvador (Nordeste), Rio e São Paulo (Sudeste).
Nesses locais, segundo o levantamento, há maior dificuldade de respeitar o distanciamento físico devido à alta densidade populacional, ao transporte público saturado, à desigualdade social e às habitações precárias com grande concentração de pessoas por domicílio. Ao todo, foram 74.172 a mais do que a expectativa.
A pesquisa do Conass se baseou nas tendências de óbitos registradas entre 2015 e 2019 em seu levantamento.
"É conhecido o impacto de doenças pandêmicas na mortalidade, com aumento no número de mortes diretamente pela doença e, de forma indireta, pelos efeitos na superlotação de hospitais, e pelo receio dos doentes crônicos e vítimas de mal-estar súbito de procurar atendimento pelo risco de ser infectado, além de restrições a movimentação", afirma o estudo.
Com Mariana Carneiro, Guilherme Seto e Nathalia Garcia
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