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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Botafogo de Ribeirão pode adiantar planos de abrir capital, diz executivo

Segundo presidente do conselho de administração, IPO pode sair em quatro ou cinco anos

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São Paulo

O plano do Botafogo-SP de abrir capital e negociar ações em Bolsa até 2025 pode ser adiantado, segundo o presidente do conselho administrativo da equipe, Adalberto Baptista, cuja empresa é dona de 40% do time, que hoje é uma sociedade anônima de capital fechado.

Quando investiu no time, Baptista previa levar o Botafogo de Ribeirão Preto da terceira divisão para a primeira em sete anos. Como a equipe conseguiu subir para a série B já no primeiro ano do projeto, é possível que ocorra uma antecipação, segundo o presidente.

Adalberto Baptista, presidente do conselho de administração do clube-empresa Botafogo-SP
Adalberto Baptista, presidente do conselho de administração do clube-empresa Botafogo-SP - Bruno Poletti - 30.jun.14/Folhapress

O Botafogo-SP hoje é uma sociedade anônima de capital fechado. Como está o plano de abrir capital, de fazer um IPO [oferta pública inicial de ações]?

O projeto quando foi modulado foi para isso, que a saída do investimento que fizemos seria parcial com um eventual IPO. Até para que não houvesse dificuldade de continuidade do projeto, não fosse como um normalmente ocorre com investimentos no futebol, tudo a curto prazo.

Desde o começo, o plano era, em sete anos, estruturar o clube, o estádio e, nesse prazo, alcançar a série A. Sempre achamos que precisaríamos de pelo menos três anos em cada série para conseguir subir de divisão. Conseguimos ir da C para a B no primeiro ano. Isso, claro, já antecipa algumas fases do que tínhamos planejado inicialmente. Mas é preciso mudar de patamar para almejar um IPO. No estágio atual é praticamente impossível.

A única opção considerada por vocês hoje é sair do investimento pelo IPO?

A ideia não é sair do investimento, a ideia é que o IPO tenha uma parte primária, onde haja retorno dos investidores do investimento inicial feito. Mas ideia é permanecer lastro para a operação.

E como está a parte de receita complementar no estádio, que foi reinaugurado neste ano?

Já estamos tendo muitos eventos no estádio, fora futebol. Eventos corporativos, dois restaurantes grandes —um Hard Rock Café e um temático de futebol. O projeto atrasou para ficar pronto, mas as metas traçadas estão até sendo superadas. Teremos um segundo show dia 20 de setembro, estão nos procurando cada vez mais. É um passo importante para eliminar a dependência só do futebol.

É possível que o IPO aconteça antes desse prazo de sete anos?

Pode ser antecipado, mas dificilmente ocorrerá antes de 4 ou 5 anos. Claro que em um acesso à série A já há uma mudança de patamar de receita que até possibilitaria abrir capital. Mas a empresa não estaria preparada. Há como fazer IPO antes de sete anos, mas não antes de 4 ou 5.

E o mercado de capitais brasileiro, está preparado para ter um time de futebol negociando ações?

Eu acho que sim. Acho até que sempre há uma busca de investidoers por setores em que o mercado brasileiro de capitais não atua. Não só futebol, mas sempre existem há pessoas interessadas em diversificação.

Leia a coluna completa aqui.

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