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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresários desaprovam comportamento de Bolsonaro

Participação de presidente na manifestação que defendia intervenção militar foi criticada

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Sinais trocados A participação de Jair Bolsonaro na manifestação neste domingo (19), que defendia a intervenção militar e o fechamento do Congresso, recebeu críticas até entre setores do empresariado que costumam apoiá-lo. A avaliação é a de que o presidente é um forte defensor de uma mensagem agradável aos ouvidos da maior parte dos empresários, a reabertura da economia, mas ele provocou uma instabilidade política e uma insegurança que não interessam a ninguém.

Bic Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de restaurantes e bares), a postura de Bolsonaro assustou, e qualquer movimento de retrocesso na democracia gera insegurança.​ “Queríamos ver pontes sendo construídas. O governo não tem potência na caneta para resolver sozinho a crise, e o Congresso tem que se harmonizar com o Executivo”, diz.

Timing  “Não é conveniente ficar criando grandes dificuldades com o Congresso em um momento como este”, afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee (associação da indústria elétrica e eletrônica).

Ebulição Barbato, porém, defende Bolsonaro e diz ter visto nesta segunda (20) uma intenção de baixar a fervura. “Embora a manifestação dele tenha sido dura, eu acredito que há muito tempo ele vinha tentando manter um bom nível de relacionamento com o Congresso e vinha tendo dificuldade, principalmente com o presidente da Câmara”, diz.

Tosse “Foi inoportuno. Seria melhor que, ao invés de ter ido na manifestação, ele tivesse marcado encontro com os presidentes da Câmara e do Senado para agendar os tópicos que temos pela frente na crise”, diz José Roriz, vice-presidente da Fiesp e presidente da Abiplast (plásticos).

Abre Roriz cita como exemplo a medida provisória do Emprego Verde e Amarelo. Sem conseguir convencer o Senado, nesta segunda (20), Bolsonaro revogou o texto, que reduz encargos para empregadores. Roriz afirma que o empresariado, de fato, quer a reabertura da economia, mas precisa ser planejada.

Fecha "Tem que ser com todo o cuidado possível e obedecendo protocolos de saúde, mas ainda não tem nada que diga que se pode fazer essa abertura de imediato, até porque, no Brasil tem muito pouco teste", diz Roriz.

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