Concessionárias de veículos de São Paulo, que tiveram de fechar as portas na nova fase de restrições para segurar o descontrole da pandemia, estão pedindo ao governador João Doria para negociar a reabertura.
O vice-presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), João Batista Simão, diz que as vendas do setor são dependentes do atendimento presencial. “É necessário fazer demonstrações para o cliente sobre o veículo que ele pretende comprar, fazer uma avaliação do carro usado. A venda presencial ainda é muito importante no Brasil”, diz.
A entidade defende que o espaço das concessionárias é seguro porque as lojas são grandes e têm poucos funcionários, e os atendimentos aos clientes geralmente têm hora marcada, evitando aglomerações.
A federação enviou carta a Doria neste mês pedindo a reabertura, mas não pretende judicializar, segundo Simão. Ele afirma que não recebeu aceno positivo do governo.
Nesta quinta-feira (18), a capital paulista atingiu a ocupação de 88% dos leitos de UTI para atendimento de pacientes com Covid-19. Segundo a Prefeitura, a capital registrou a primeira morte de paciente à espera de uma vaga de UTI em um hospital municipal no último dia 13.
Simão diz que considera o fechamento das concessionárias incompreensível, já que a oficina e o pós-venda seguem como atividades essenciais e podem funcionar, mas a área de vendas não pode.
O Governo de SP informa que mantém diálogo constante com associações representativas dos setores mais impactados pela pandemia, inclusive a Fenabrave. Ressalta, ainda, que recebeu o ofício e que este será submetido à avaliação.
com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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