O empresário Luciano Hang diz que recebeu com tranquilidade a notícia de sua convocação para depor na CPI da Covid. Em nota divulgada na noite desta quarta (30), ele afirma que está à disposição para prestar esclarecimentos.
“Nada melhor do que a verdade para elucidar os fatos”, afirma o dono da Havan.
O requerimento foi protocolado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e aprovado nesta quarta (30). Hang foi chamado para falar como testemunha.
No comunicado, o empresário relembra que, desde o início da pandemia, defendeu que indústrias, empresas e escolas não fossem fechadas, mas argumenta que se posicionou a favor da saúde. "Sempre deixei claro que temos dois inimigos: o vírus e o desemprego", diz Hang.
Ele afirma que fez doações de equipamentos de saúde, seguiu com o plano de expansão da Havan e manteve o emprego de 20 mil trabalhadores. "Não desligamos nenhum por conta da pandemia e deixamos gestantes, pessoas com comorbidades e grupo de risco em casa", diz o empresário em nota.
Hang se posicionou na pandemia participando de manifestações com aglomeração contra o fechamento do comércio e liderando, com Carlos Wizard, o movimento de compra de vacinas pela iniciativa privada.
Alinhado com o presidente Bolsonaro, Hang também defendeu o uso do chamado tratamento precoce, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid.
Entre os episódios que lhe renderam repercussão, Hang passou vender feijão e arroz em suas lojas para entrar na categoria de estabelecimento essencial, sem ter de fechar as portas na pandemia.
O empresário também se contaminou e perdeu a mãe para a doença no início deste ano.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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