Os vizinhos da América Latina ampliaram a compra de componentes para a produção de calçados do Brasil nos últimos meses, segundo a Assintecal, associação nacional do setor, que atribui o movimento ao aumento no preço do frete.
De janeiro a outubro, o faturamento da exportação de itens como solados, palmilhas e produtos químicos alcançou US$ 230,1 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão), 12,4% acima do registrado no mesmo período do ano passado e 0,7% a mais que em 2019.
Luiz Ribas Júnior, executivo da Assintecal, diz que o mercado externo é a nova válvula de escape para a indústria nacional, que viu o mercado interno de calçados cair junto com a renda média da população.
Dos dez principais destinos dos produtos, sete são da América Latina. A Argentina ampliou em 40% as compras no Brasil, chegando a quase R$ 205 milhões até outubro. O Paraguai investiu 43% a mais e o México, 31,6%. Ambos importaram cerca de R$ 54 milhões em 2021.
O principal parceiro ainda é a China, que comprou aproximadamente R$ 400 milhões, quase 10% a mais do que em 2020.
com Mariana Grazini, Andressa Motter e Ana Paula Branco
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